sábado, 31 de dezembro de 2011

VALEU 2011 !

2.011 com certeza vai ficar na memória: mudança de casa... mas, principalmente a criação deste blog que em março fará 1 ano. E num balanço do blog totalizamos 5.000 visitantes, 40 seguidores, a conquista do prêmio top blog entre os 100 + votados e também a criação dá página do blog no Facebook que você pode curtir logo a baixo à direita, mas principalmente pela pesquisa e descoberta de vários outros blog's de TERAPEUTAS OCUPACIONAIS que como eu são responsáveis pela divulgação da profissão aqui bem no escondidinho... mas, que atinge uma população que talvez não seria alcançada por outros meios e eu  ainda tenho uma teoria de que até intelectuais!
2.011 significou sair do anonimato e para mim representou entrar em contato com outros T.O's que hoje me seguem e que como forma de retribuição indico seus blog's que com certeza valem à pena conhecer... e com certeza muitos se transformaram em amigos. 
2.011 você trouxe um aprendizado inesquecível, o que significou eu me reapaixonar pela minha profissão, e isso não tem preço! Significa que em 2012 não posso deixar de escrever. Saindo de férias mas eu volto! ... fui.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

EI, PSIU! ... VOCÊ TERAPEUTA OCUPACIONAL, ISSO MESMO VOCÊ!!!

Sou de longa data observadora do grupos da Érica Nobre que tem um site de T.O conhecido meu há pelo menos uns 15 anos... seu site e seu grupo estão nos link's de T.O do meu blog. Mas como dizia, observando o grupo, (confesso que nestes anos não tive uma interação ativa nele) percebi o comportamento de 'alguns' sempre pedindo textos, ou "receitinhas de atividades" enquanto outros se destacaram pela participação ativa e de forma política. Lembro bem uma vez que alguém de responsabilidade na T.O, chamou a atenção devido a este comportamento no grupo destes 'alguns' devido a aplicabilidade da atividade de forma raciocinada, à cada caso, a cada indivíduo = isto é T.O! 
Recentemente uma usuária como eu desabafou mais ou menos assim: ela se reportava à administradora do grupo mas para quem sabe ler um pingo é letra; de que havia estudado e se capacitado, investido em cursos, e que uma T.O recém formada queria que ela lhe repassasse gratuitamente "uma receitinha". ... fala sério!? Eu no lugar dela também ficaria indignada. 
Os T.O's mais politizados e querelantes nasceram e cresceram no grupos da Érica Nobre, hoje muitos deles estão aí nos liderando como é o caso do presidente da nossa ABRATO, e outros de Associações Estaduais e alguns dentro de CREFITOS Regionais.
Daí tô eu aqui escrevendo p'ra vocês minhas caras colegas ... tem um blog logo ali entre os meus blog's que se chama "BIBLI 'T.O' TECA", sim é isto mesmo, é um espaço de consulta p'ra nós, até aqui não o propaguei muito por querer exatamente que este fosse um espaço confidencial, onde pudêssemos consultar de maneira organizada recursos para nos capacitar. Outro dia a instituição onde eu trabalho queria comprar um ônibus adaptado e eu me embananei toda na hora de orientar, alguns vão dizer que este não é o papel da T.O, e por que não? Vemos os americanos deslancharem na nossa profissão enquanto nós por aqui estamos procurando "receitinha de atividade"?! Nossa prática precisa melhorar sim, precisamos nós capacitar, nos munir de tecnologia, fazer uma T.O mais séria, mais comprometida, mais responsável, mais técnica, quem sabe não é por uma dessas que a nossa profissão irmã está aí abocanhando tudo que vê pela frente?!
Pois bem, a "BIBLI 'T.O' TECA", está em fase de construção e sempre estará mas, reuni nela link's para que possamos otimizar nossas buscas, a ideia é ser um espaço de consulta permanente, confesso que estou bem lenta na adição dos livros... mas chego lá! Tenho uma lista bem grande aqui ainda sem postar. Quem também quiser  me indicar algum é bem vindo! Faça isto através do meu e-mail: jam.to_mtm@hotmail.com 
Mais alguma contribuição faça-a através dos comentários pertinentes a esta postagem. Não sou tão boa como gostaria de ser, mas intenciono ajudar a TERAPIA OCUPACIONAL NA PRÁTICA, é isto!!! 

sábado, 17 de dezembro de 2011

Breve HISTÓRIA DA TERAPIA OCUPACIONAL no Brasil

A história da Terapia Ocupacional é recente, mas a atividade humana, enquanto recurso terapêutico, foi utilizada, de forma pouco consciente e pouco cientifica, desde os tempos mais remotos como mostrado no vídeo.
A demanda pelo profissional surgiu após os anos de 1830, nos hospitais psiquiátricos para atender os internos e lhes dar alguma ocupação. Com a Revolução Industrial, no final do século XIX, surgiram os acidentes industriais e com eles o número de pessoas incapacitadas aumentou. Era fundamental que aparecesse uma nova forma de tratamento para as incapacidades do membro superior que surgiram a partir daí. Mas, só foi fundada a 1ª escola em 1906, nos EUA por um médico e uma enfermeira. Assim nas duas primeiras décadas do século XX ocorreu o início formal da Terapia Ocupacional, com o renascimento do tratamento moral, impulsionado pela necessidade de tratamento de soldados feridos na Primeira Guerra Mundial, assim a utilização do profissional, agora capacitado, estendeu-se para atender aos mutilados de guerra em hospitais gerais. 

Porém foi na 2ª Grande Guerra que a profissão expandiu-se com força total por todo o mundo, na reabilitação física psicológica e na inclusão dos sobreviventes. No Brasil, o primeiro curso de Terapia Ocupacional, instalado pela ONU em 1948, com duração de um ano, foi ministrado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Assim profissão chega ao brasil nos anos 50, tendo as primeiras escolas fundadas nos estados de São Paulo,  Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Em 1957 surge a World Federation of Occupational Therapy (WFOT), que contribuiu positivamente para o desenvolvimento da profissão, universalizando o programa educativo e expondo padrões básicos exigidos para a formação do Terapeuta Ocupacional.

A história da profissão se confunde  com a da terapia física, inicialmente faziam -se vestibular para terapia e só no 2º ano de curso optava-se por física ou ocupacional. Daí a justificativa das profissões compartilharem o mesmo conselho de classe - COFFITO/CREFITO (Conselho Federal/Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional). Ambas as profissões foram criadas num único decreto no dia 13 de outubro de 1969, o que determina ser neste dia comemorado o dia do profissional no Brasil.
No dia 13 de outubro de 1969, a profissão adquiriu seus direitos, por meio do Decreto-lei nº 938/69, no qual a Terapia Ocupacional foi reconhecida como um curso de nível superior e definitivamente regulamentada.
Este ano estamos fazendo: 

42 anos de T.O no Brasil. 

E já que a vida começa aos 40, temos um longo caminho pela frente!


Construindo uma história de esperança, evoluindo através do tempo,
 amadeurecendo cada vez mais em todas as áreas.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

HISTÓRIA OCUPACIONAL

O que é uma história Ocupacional?
É o histórico da vida de uma pessoa desde sua infãncia e o resultado das opções ocupacionais ao longo desta, culminando na sua escolha e atuação profissional.
Por isto, escolhí hoje falar  sobre a minha história Ocupacional. Por que? Hoje é meu aniversário, e minha história ocupacional se confunde e tem tudo a ver com a da Terapia Ocupacional. Pode parecer meio melancólico, mas é que data de aniversário mexe mesmo com a gente, principalmente quando a gente está começando a viver... (risos)
Fui uma criança saúdável do ponto de vista do brincar, me lembro das casinhas, cirquinhos, contato com a natureza na roça e quintal de casa, pescarias, amiguinhos... criações de brinquedos como caveira de abóbora,  boizinhos de frutas de arvores, cozinhadinhas. Brincadeiras de roda e piques na rua. Eu e um grupo de amigas na fase  do clube da luluzinha  com nossas confabulações.... aprendendo a nos maquiar, e fazer as unhas. etc.
E a minha relação com a tinta? Minha mãe tinha duas atividades profissioais além de ser mãe e dona de casa: pintava tecido e fazia bolos confeitados, e eu estava lá em meio as tintas, e confeitos... mais tarde fui ajudá-la nestas atividades. Não posso esquecer que antes disso ganhava os vidros de tinta vazios para eu brincar... simbolizar, eles se transformavam em uma família inteira nas minhas mãos. Brinquei muito! Acho que até por volta dos 12 anos. Minha irmã mais velha que eu 10 anos, estudava música no conservatório em Manhumirim e já dava aula de piano para iniciantes em nossa casa. Também estudei música. Mas não cheguei a ir para o conservatório, graças a problemas de saúde, só vim a frequentar Manhumirim como Terapeuta Ocupacional. Acho que vem daí minha intimidade com os teclados do computador. (risos)
Tudo isto dentro de um contexto de saúde doença também da minha mãe, perda da minha única avó viva que conhecí, dos meus tios Jonas e Roberto. Inclusive vivi acreditando por muito tempo ter problemas de saúde devido ao histórico de meu nascimento, a culpa da minha mãe por ter me deixado para ir ser operada, ter ficado em coma e só vir a se relacionar comigo mais de um mês depois.  
Sempre fui uma aluna responsável e dedicada, e recebia o reconhecimento dos meus professores, gostava das aulas de biologia, química, artes,  mas não me encantava com a quase única opção de curso técnico de 2º grau que havia no colégio local,  em que acabei fazendo: Magistério, onde me identifiquei com filosofia e sociologia mas tinha o sonho de sair para estudar... tinha em mente Arquitetura, mas ao fazer inscrição no cursinho me dei mal caindo em uma turma de exatas (dessa época tenho uma amiga que é arquíteta, que hoje tem uma bebê sindrome de Down), não me identifiquei com o frio dos cálculos matémáticos e físicos e aí logo ví que não era comigo, queria calor humano... e encontrei isso quando tinha aulas de biologia, quimica, história e geografia em comum com a turma de biomédicas e humanas. Fiquei um tempo confusa com comunicação e agronomia - tudo a ver! (risos) Nesta época cheguei a fazer um teste vocacional... Essa coisa da comunicação acho que tem a ver com blog, vocês não acham? Da agronomia e da relação com a natureza, vejo uma aplicação prática no contexto relação homem natureza em que devo estar falando em breve - sobre viver mais susténtável. Sobre a minha relação atual com a Arquitetura falei recentemente no post Se você pensou em acessibilidade fisica.
Fiz a opção final por Psicologia e Terapia ocupacional, 8 vestibulares do primeiro e 1 do segundo, passei em uma faculdade em psicologia e em outra em T.O só que os horários batiam e aí eu tive que optar: e o resultado vocês já conhecem. Aquí estou eu: em meio a crianças, brinquedos, música, atividades, saúde, doença, etc. Em relação a este lado da psique, hoje tenho um postura profissional que aproveita bem este lado, inclusive sou amiga e ao mesmo tempo exigente com as minhas mães,  e também com meus clientes e em breve estarei postando algo sobre este assunto.
Mas o mais interessante disso tudo é que enquanto a minha história de desenrrolava também acontecia a história da Terapia Ocupacional, isto mesmo. Tenho quase a mesma idade da Terapia Ocupacional no Brasil e as datas se cruzam como que por coincidência, enquanto eu me desenvolvia a T.O também fazia o seu caminho, a sua história/tragetória. 
História Ocupacional é um recurso terapêutico utilizado pela Terapia Ocupacional para a indicação orientação de uma atividade que seja terapêutica, que vá de encontro aos interesses, habilidades e necessidades de sua cliêntela, não poderia não contar a minha história aquí, para servir de exemplo para compreensão do  assunto.
Recentemente vendo uma citação em uma postagem de uma colega T.O me veio a vontade de escrever sobre o assunto:  Lição nº 13 -  "Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia de como a sua jornada tem tudo a ver", das 50 lições de vida de Regina Brett. Espero ter contribuido!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Hoje é dia ...

Com o objetivo de incentivar a solidariedade humana, que preserva Direito fundamental de igualdade e solidariedade entre todos dentro da mesma sociedade, sem discriminação e distinção a qualquer nível, o 13 de dezembro tem como data especial o Dia Nacional do Cego.

Mais uma das áreas de atuação do Terapeuta Ocupacional!

sábado, 10 de dezembro de 2011

SEMANA DA ACESSIBILIDADE

Já estou a algum tempo ensaiando pra falar sobre acessibilidade. Na verdade são vários os assuntos que estão batendo a porta, mas conciliar trabalho e os vários desafios da mulher moderna dá trabalho e gosto de me dedicar aos textos com carinho. Estamos exatamente na semana Nacional da Acessibilidade e Valorização da pessoa com deficiência de 04 a 10 de dezembro e então não poderiamos adiar mais. Então vamos lá!
O tema da semana deste ano trás: "Ir e vir direito de todos - Acessibilidade também!
Vamos destrinchar algumas palavrinhas abaixo para nossa compreenssão antes de chegar ao nosso objetivo final:
Acesso: ingresso - entrada, aproximação, possibilidade de alcançar; cominidade - trato social; passagem.
Acessível: Uma forma mais fácil de resolver algo. De simples compreensão.
Acessibilidade: Condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida. 
Quando esse assunto entra em pauta todos logo pensam na acessilbilidade física. Parece ser a que mais transtornos causa, por estar visível ao olhos de todos ou pela falta de visibilidade de rampas de acesso, calçadas em mal estado de conservação, escadas por todos os lados, etc. 
Trago aquí novamente um trecho já conhecido nosso: "as atitudes da sociedade e o nosso ambiente que necessitam mudar".
Precisamos pensar num processo que contribua para a contornação de um novo tipo de sociedade através de transformações, pequenas e grandes, nos ambientes físicos, (expaços internos e externos, equipamentos, aparelhos e utensílios, mobiliário e meios de transporte) nos procedimentos técnicos e também na mentalidade de todas as pessoas, portanto da própria pessoa com deficiência. E também no acesso ao mercado de trabalho, à educação, ao lazer e recreação, aos esportes, nos transportes, etc. Quando isso acontece, podemos falar em empresa acessível, educação acessível, no lazer e recreação acessíveis, esporte acessível, no transporte acessível e assim por diante.
Muitas vezes, pequenas reformas podem ser efetuadas visando proporcionar esse acesso. Rampas no lugar de escadas, pisos antiderrapantes, portas mais largas, corrimãos adequados podem ser tudo o que é necessário em alguns lugares.
Os direitos das pessoas deficientes são exatamente os mesmos dos demais cidadãos. Daí no tema acima: DIREITOS DE TODOS, ACESSIBILIDADE TAMBÉM! O que ocorre, no entanto, é que para os deficientes execerem muitos desses direitos torna-se indispensável à adoção de medidas especiais. O exercício pleno do direito de ir e vir das pessoas com deficiência, por exemplo, quase sempre depende da remoção das barreiras ambientais.
Este direito permeia quase todos os outros. A eliminação de barreiras ambientais é fundamental para que uma pessoa com deficiência possa inserir - se na sociedade e exercer de forma integrada os seus direitos de estudar, locomover-se, divertir-se, praticar esportes, trabalhar etc.


SE VOCÊ PENSOU EM ACESSIBILIDADE FÍSICA...

Ou arquitetônica. E claro que ela é importante! Muito temos que falar no assunto e esta é uma área em que  T.O tem um responsabilidade também muito grande, não só o Arquiteto. E em futuros post's trataremos com detalhes das várias situações. P'ra mim é um espaço que dá enorme prazer profissional pois cheguei muito perto de ser uma Arquiteta, e é uma forma de estar conciliando meu antigo sonho com a minha prática profissional. 
Neste exemplo de acessibilidade física em espaço interno quero resumir a idéia com apenas esta imagem:


O direito de ir e vir com independência

"Uma simples análise do crescimento das cidades nos mostra que geralmente o seu crescimento, que diz respeito à arquitetura e ao urbanismo, não levou em consideração as necessidades de todos que dela fazem parte.
Promover a acessibilidade para todos é ainda um grande desafio que enfrentamos e este objetivo somente será atingido com a eliminação das barreiras arquitetônicas e urbanísticas da edificação, do transporte e da comunicação.
Assim, entende-se por cidade com acessibilidade para todos aquela que nas suas edificações, seu urbanismo, seu transporte e nos seus meios de comunicação, traz condições que permitam a qualquer pessoa a sua utilização com autonomia e segurança.
A cada dia surgem novas idéias e projetos de edificações que vão tecendo, dando forma e delimitando a cidade. Essas edificações são elementos e texturas formando um grande aglomerado de necessidades e facilidades criado pelo homem  e para o homem.
Hoje as novas idéias e projetos que surgem devem seguir o conceito de acessibilidade para todos, pois uma cidade é de todos, feita por todos e deve servir a todos. Suas ruas, suas praças, seus parques e seus edifícios devem ser projetados para atender a todos e não somente uma parcela da população.
A sociedade da qual todos fazemos parte, da qual somos célula integrante, não deve resumir-se a elementos de incluso ou exclusão. Nós todos somos a sociedade e as várias comunidades que a compõem são partes deferentes entre si, mas igualmente importantes e de expressão única.
          Portanto a arquitetura desenvolve um papel importante na história, no processo de compreensão da sociedade como um todo único. Toda e qualquer idéia dou projeto deve ter um nascer respeitando o conceito de “acessibilidade para todos”. Todo e qualquer cidadão a pessoa idosa, a pessoa com deficiência, a gestante, o obeso, a criança – tem o livre direito de locomover – se pela cidade, usufruir dela, participar e cooperar no seu desenvolvimento.
A eliminação dessas barreiras e o entendimento de que novas barreiras não devem ser construídas passará a ser uma realidade para profissionais como arquitetos, engenheiros, urbanistas, pois devemos planejar, projetar e construir levando em consideração as limitações, capacidades e necessidades que as pessoas apresentam.
Assim, devemos entender de uma vez por todas que não são as pessoas que são portadoras de deficiências e sim as edificações, transportes e comunicações em geral, que são planejados e projetados com conceitos ultrapassados ineficientes para o uso do homem (eu, você, todos)."
José Almeida Lopes Filho*
_______________________________________________________________
* Arquiteto especialista em acessibilidade

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

ACESSO AO TRANSPORTE

O acesso ao TRANSPORTE para mim é na sequência  básico para que todos a seguir possar se efetivar. Pode se dar tomando algumas medidas simples e econômicas como, por exemplo: pesquisar e discutir sobre experiências com transportes adaptados e transportes construídos já com acessibilidade; adaptar veículos coletivos em circulação; projetar futuros veículos sem barreiras; capacitar motoristas, cobradores e operadores em geral a respeito de abordagens inclusivas; melhorar os espaços urbanos em torno dos pontos e estações de embarque e desembarquem de passageiros.
Os ônibus devem ser dotados de degrau mais baixos, corrimãos mais adequados e, sempre que possível, até mesmo devem ser dotados de elevadores que permitam o acesso de cadeiras de rodas. As estações de metrô devem possuir elevadores, rampas e pisos atiderrapantes. Os trens devem ter lugares adequados para que cadeiras de rodas possam ser fixadas com segurança. Os ônibus devem ter assentos preferencialmente reservados aos deficientes. As catracas devem permitir o acesso de pessoas com cadeiras de rodas ou bengalas. No entanto a questão do transporte, dada sua importância, precisa ser encarada realisticamente e, nesse caso, até a soluções espaciais, como transporte porta a porta específico para deficientes, e condições que facilitem aos portadores de deficiência a aquisição de veículos particulares, são admitidas e bem-vindas.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

ACESSO À ESCOLA E A COMUNICAÇÃO

Temos ainda o acesso a ESCOLA do qual já falamos no artigo sobre inclusão escolar.
Tomando também algumas medidas simples e econômicas como, por exemplo: adaptar recintos da escola bem como técnicas didáticas e atividades de aprendizagem: revisar a política de contratação especial, adotar esquemas de apoio para professores de ensino regular e alunos que apresentem necessidades especiais, decorrentes ou não da deficiência; capacitar seu quadro de pessoal a respeito de abordagens inclusivas e acessíveis aos seus alunos. Quase sempre basta uma mudança de mentalidade para que alternativas propiciem a convivência integrada. Idéias criativas podem permitir aos cegos sentir uma estátua, um animal ou uma planta. Criatividade, muitas vezes, é a palavra chave.
Além disso, o direito de acesso da INFORMAÇÃO também pode ser garantido através de publicações em Braille ou programas legendados na TV e  Audiodescrição. É importante também que cada vez mais se dissemine a prática de providenciar interpretes da língua dos sinais nos eventos públicos, bem como versões em Braille de programas de peças teatrais, concertos musicais, etc.

Acessibilidade ao d'Eficiênte Intelectual

Este vídeo é muito esclarecedor sobre como criar acessibilidade ao d'EFICIENTE INTELECTUAL. Na campanha  de 2009, acredito que ele foi pouco aproveitado inclusive no meio apaeano devido a visão sobre a acessibilidade estar sempre muito voltada para a acessibilidade física. E a orientação por este exposta é ao mesmo tempo singela e muito rica. Não deixe de assitir!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

ACESSO AO LAZER E A CULTURA

            No acesso ao LAZER tomar algumas medidas simples e econômicas como, por exemplo: Adaptar recintos de lazer e recreação: adaptar regras bem como procedimentos recursos físicos de cada atividade; capacitar monitores de lazer e recreação a respeito de abordagens e técnicas acessíveis; pesquisar experiências de acessibilidade no lazer e recreação.
        O acesso aos bens CULTURAis, aos equipamentos de lazer e de práticas esportivas, de forma inclusiva aos demais usuário, é também um direito da pessoa com de deficiência. As bibliotecas, os teatros, os museus, os parques as quadras esportivas, os bares, restaurantes, cinemas, etc devem ser adequados para permitir o acesso independente de pessoas com deficiências.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

ACESSO AO TRABALHO

Dentre todos, um dos mais complexo está o acesso ao trabalho que não é desafio apenas do deficiênte. Assim tomando algumas medidas simples e econômicas poderemos como, por exemplo: adaptar alguns postos de trabalho bem como ferramentas e procedimentos; revisar a política de admissão e desenvolvimento de recursos humanos; adotar esquema de emprego apoiado; capacitar seu quadro pessoal a respeito de abordagens inclusivas na empresa.
Basicamente, é preciso que as pessoas com deficiência sejam preparadas para exercer uma profissão, possam chegar até o emprego e tenham condições de se locomoverem no seu local de trabalho, através de remoção das barreiras ambientais. Mas, é obvio, sobretudo, é preciso que o empregador acredite que aquele é um empregado tão bom quanto o melhor que ele pode empregar. E, se por acaso aquele não atender suas expectativas, é preciso ter em mente que isto também ocorre em relação aos funcionários não deficientes, portanto não há razão, para agir com preconceito e fechar as portas de sua empresa para os demais candidatos portadores de deficiência.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

ACESSO A SEXUALIDADE

Ter acesso a SEXUALIDADE  é não manter os deficientes na ignorância sobre sua sexualidade e as formas socialmente aceitáveis de vivenciá-la, porque isto não lhes garante uma vida mais protegida nem mais feliz. Muito ao contrario, é a informação, na medida e na forma adequada, que poderá assegurar aos deficientes – seja qual for o seu tipo de deficiência, incluindo a mental - uma vida mais satisfatória, além de proporcionar-lhes condições para se defender de possíveis tentativas de abuso.
Embora a deficiência possa ser a causa de alguma dificuldade concreta para uma vida sexual ativa, é certo que as barreiras atitudinais são as principais responsáveis quando um deficiente não é aceito como parceiro sexual, quer seja com o objetivo de construir uma família própria ou não. Na maior parte das vezes, no entanto, em verdade, o que impede de fato os deficientes de exercerem sua sexualidade são mitos sexuais que atrapalham a vida sexual de todo mundo, não só dos portadores de deficiência.

domingo, 4 de dezembro de 2011

ACESSO AO VOTO E O FUTURO É HOJE E AGORA?

           O direito de VOTAR e ser VOTADO, embora seja assegurado legalmente às pessoas com deficiência, muitas vezes é um direito cercado por barreiras físicas ou atitudinais. Só recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral garantiu que os eleitores portadores de deficiências solicitem a transferência de seus títulos para seções sem barreiras arquitetônicas. Mas, para obter o êxito desejado, esta medida ainda carece de divulgação mais ampla.
No âmbito internacional, a ONU – Organização das Nações Unidas foi provavelmente a primeira entidade a cunhar explicitamente a expressão uma sociedade para todos, pois ela está registrada na resolução 45/91 da Assembléia Geral das Nações Unidas, ocorrida em 1990. Desde então os documentos da ONU vêm relembrando constantemente a meta de uma sociedade para todos.  Quando um dos texto de referência aquí citados foi escrito previa-se para em torno do ano 2010 esta sociedade.  
O futuro é hoje e agora? Já passamos da data prevista  e e até hoje estamos muito longe desta tão sonhada sociedade. Ainda há muito o que se fazer!

Bibliografia:

Associação Brasileira de Normas Técnicas, Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Deficiências a Edificações, Espaço, Mobiliário e Equipamentos Urbanos. Fórum Nacional e Normalização, Belo Horizonte,1996.
CRESPO, Ana Maria Morales; Pessoas com deficiência e a construção da cidadania, (Jornalista e presidente do conselho  de vida independente Araci Nalin), Federação das APAEs do Estado de Minas Gerais, Semana do  Excepcional 2001.   
FILHO, José Almeida Lopes; O direito de ir e vir com independência, (Arquiteto Especialista em acessibilidade, Federação das APAEs do Estado de Minas Gerais, Semana do  Excepcional 2001.   
OLIVER, Fátima Corrêa, et al; Reabilitação Baseada na Comunidade (RBC)-Projeto Jardim D’abril, Federação das APAEs do Estado de Minas Gerais, Semana do  Excepcional 2001. 
                       SASSAKI, Romeu Kazumi; Construindo a sociedade para todos, Rio de Janeiro, WVA, 1997. 

sábado, 3 de dezembro de 2011

Hoje é dia ...

TEMA: A verdadeira deficiência é não vencer preconceitos!
A data tem como principal objetivo a motivação para uma maior compreensão dos assuntos relativos à deficiência e a mobilização para a defesa da dignidade, dos direitos e do bem-estar destas pessoas.

A Terapia Ocupacional tem íntimidade com o assunto!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Que dia é hoje mesmo?

Quero inaugurar uma nova linha de postagens que vai dar mais uma cara ao Terapia Ocupacional na Prática. Que dia é hoje mesmo?
TEMA: A AIDS não tem preconceito!
 Saiba ainda que a Terapia Ocupacional também atua nesta área!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

TERAPIA OCUPACIONAL E SUAS INTERFACES

Terapia Ocupacional e suas interfaces, vem nos mostrar que a T.O gosta e busca do trabalho interdisciplinar, porque acima é tudo ele é necessario, afinal é o índivíduo quem está  em evidência dentro do trabalho da T.O e tudo que envolva a atividade humana. Dentro dessa ótica a interrrelação com outras áreas do saber faz-se necessária sempre.
Vamos ver o que a imagem acima nos apresenta:
Com a ENFERMAGEM: Berço da Terapia Ocupacional unificando trabalhos hospitalares e ambulatoriais de pacientes nas fases aguda sub aguda e crônica.
Com a área de COMUNICAÇÃO SOCIAL E JORNALISMO: Desenvolvimento de games e de materiais educativos.
Com a PSICOLOGIA: Quanto à psique, estuda e atua com teórias voltadas ao cognitivismo, fenomenologia, epstemiologia e psicanálise.
Na área do DIREITO: Em parceria com o sistema judicial promove assitência à família e organiza a conduta e reincersão do apenado. 
Com a ARQUITETURA: Estabelece e delineia projetos e ações de acessibilidade.
Com a ODONTOLOGIA: Controle postural e do foco de atenção de pessoas com necessidades especiais no pré, peri e pós tratamento odontológico.
Com a MEDICINA: Através da atuação nas diversas especialidades médicas - Geriatria, Neurologia, Cardiologia, Queimaduras, Psiquiatria, Neonatologia, etc.
Na área da ADMINISTRAÇÃO: Gestão de serviços de saúde.
Com a FISIOTERAPIA: Interface na saúde física e motora.
Com a FONOAUDIOLOGIA: Interface quanto à audiativadade e alimentação como elemento das atividades de vida diária - AVD.
Com a ENGENHARIA AMBIENTAL: Promoção de assistência à comunidade na criação de recursos terapêuticos com materiais reciclados.
Com a área de EDUCAÇÃO FÍSICA: Prevenção da obesidade e na educação especial.
Com a ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO: Utiliza a robótica para a confecção de próteses e tecnologia assitiva.
E com a NUTRIÇÃO: Através de atividades lúdicas, contribui para para a reeducação de hábitos alimentares.
É muito comum também a interface com o SERVIÇO SOCIAL apesar de formação social da Terapia Ocupacional se aproximar muito da ação deste profissional.
Claro que eu acrescentaria ainda mais alguns pequenos detalhes como na atuação junto a fonoaudiólogia,  entre outros, mas vou me reter à este material que provalvelmente é de tese de alguma colega T.O que no momento não poderia citar a fonte por tê-la perdido, mas assim que me certifique estarei informando adequadamente e com maior prazer. (em tempo: imagem atribuida à Tainã Alves Fagundes et all).
De qualquer forma é bastante rico este material pois esclareçe ainda mais a formação do Terapeuta Ocupacional e o porquê dela aparentemente se " meter" em outras áreas. A atividade é que vai nortear tal relação, sempre. Espero que goste!

domingo, 20 de novembro de 2011

MUDANDO O RUMO DA PROSA...

Acabamos de definir o papel de dois profissionais da saúde, da qualidade de vida, do bem estar e agora minha inspiração vai ganhando novos caminhos que definem mais ainda o olhar da  Terapia Ocupacional, a ação do Terapeuta Ocupacional.
Já faz algum tempo que o nosso discurso tem girado em torno da pessoa com deficiência sua inclusão, autonomia, autogestão e autodefasa, serviços nesta área, família e assim um assunto foi puxando o outro. Mas, Terapia Ocupacional vaí mais além...e é responsável também pela saúde ocupacional, saúde do trabalhador, saúde mental, saúde do infante e do idoso e etc.
Hoje trouxe para vocês na postagem  que se segue, vídeos que nos falam de ocupação, economia de energia, ergonomia, autocuidado, segurança no trabalho, saúde do trabalhador, saúde Ocupacional. Ampliando desta forma o leque de atuação da Terapia Ocupacional, e com isto espero estar respondendo a velha e repetida pergunta do público leigo: O que é Terapia Ocupacional? E também espero estar atingindo pessoas formadoras de opnião e até mesmo intelectuais que desconheçam essa nossa profissão.
Aos meus colegas T.O's sugiro além da troca de experiência que este blog propõe, visitar também a bibliT.Oteca, que nos coloca antenados com o que está acontecendo de nosso interesse, de modo mais técnico e privado. 

E ela foi no programa BEM ESTAR da rede globo.

A Terapia Ocupacional esteve presente no programa bem estar, através da profissional Dra. Maria Cândida de Miranda Luzo/Conselheira do CREFITO 3, em 06/05/2011, com análise da atividade e orientações:

 FOCO NESTAS ORIENTAÇÕES:
E TAMBÉM NESTAS:

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

FÍSIO & Terapia OCUPACIONAL

VOCÊ AINDA TEM DÚVIDAS?
Este folden à direita foi lançado pelo CREFITO 2  afim de esclarecer sobre as duas profissões, porém acabou por não ser feliz em algumas colocações que geraram ainda mais  dúvidas em lugar do esclarecimento. Parece-me ainda, que alguns colegas já conheciam este material é não eram favoráveis à ele. Por isso tomei a iniciativa de transcrevê-lo fazendo algumas correções que estava ao meu alcançe.

QUAL A DIFERENÇA?
Algumas pessoas desconhecem a diferença entre a  FISIOterapia e a Terapia OCUPACIONAL, acreditando que uma substitui a outra, ou mesmo não existe diferença entre as profissões.
A FISIOterapia e a Terapia OCUPACIONAL são profissões distintas, ambas da área da saúde, de formação de nível superior. FISIOterapeutas e Terapeutas OCUPACIONAIS são profissionais que cuidam da saúde de maneira diferente, com recursos terapêuticos diferentes e trabalham de forma complementar.
Uma pessoa pode ser atendida por um FISIOterapeuta e um Terapeuta OCUPACIONAL para cuidar de um mesmo problema ou mesmo de problemas diferentes.
O FISIOterapeuta trabalha  com recursos FÍSICOS, voltados à promoção prevenção, tratamento e recuperação de pessoas que apresentem alterações do MOVIMENTO e suas consequências. Seu interesse está relacionado ao bom funcionamento do corpo, desde as funções FISIOlógicas corporais básicas de respiração até as funções mais complexas que envolvem vários sistemas do corpo. Utiliza recursos manuais e tecnológicos como aparelhos elétricos objetivando o maior grau de independência possível na realização dos MOVIMENTOS necessários, (pré requisito para   a realização das ATIVIDADES cotidianas a serem restauradas pela Terapia OCUPACIONAL) proporcionado melhor desempenho FISIOlógico das funções corporais e reduzindo danos.
O FISIOterapeuta se ocupa do corpo em MOVIMENTO, desde os MOVIMENTOS mais simples e reflexos,  aos mais complexos e integrados, em sua maioria necessitará em sua ambiência doméstica e de trabalho, nos espaços hurbanos e rurais favorecendo a locomoção e interação necessárias à participação nestes espaços sociais, o autoconhecimento  corporal e exploração de potencialidades CINÉTICAS (motoras) em busca de melhor FISIOlogia dos sistemas corporais e consequente  qualidade de vida.

O Terapeuta OCUPACIONAL trabalha com ATIVIDADE humanas, planeja e organiza o cotidiano (dia a dia), possibilitando melhor qualidade de vida. Seu interesse está relacionado ao desenvolvimento, educação,  emoções, desejos, habilidades, organização do tempo, conhecimento do corpo em ATIVIDADE, utilização dos recursos tecnológicos como próteses, órteses, adaptações, tecnologias assistivas e equipamentos urbanos, ambiência, facilitação e economia de energia na realização das ATIVIDADES cotidianas e laborais (trabalho), objetivando o maior grau de independência e de autonomia possível em toda e qualquer ATIVIDADE.
O Terapeuta OCUPACIONAL se ocupa da realização de ATIVIDADES desde as mais simples como escovar os dentes ou levar alimentos à boca, as mais complexas, como dirigir um automóvel ou dirigir uma empresa promovendo, prevenindo,  desenvolvendo, tratando, recuperando pessoas ou grupo de pessoas que apresentem quaisquer alterações na realização de ATIVIDADES de autocuidado ou de interação social, melhorando o desempenho funcional e reduzindo as desvantagens.
Consulte um FISIOterapeuta e um Terapeuta OCUPACIONAL e saiba o que eles podem fazer pela sua saúde.

Nesta busca incansável de encontrar o equilíbrio entre as duas profissões, existe o exercício da ética e do respeito por ambas as profissões.  Onde cada uma sabendo usar o seu saber em favor do homem respeite os limites que regem ambas as profissões e pensem no quão desagradável é estar no outro lado, o lado da invadido pela falta de limites do outro, e as consequências desse ato para o seu cliente. 
Leis regulamentares existem  e as que foram mal redigidas como o folder em questão, já estão passando por revisões no COOFITO. Estamos aguardando ansiosamente pelo esclarecimento justo através destas revisões.

Este Vídeo complementa nosso assunto.



terça-feira, 25 de outubro de 2011

O ASSUNTO DO MOMENTO...

Hum...?!
Demorei um pouco para decidir sobre o próximo tema, não que estivesse difícil explanar, mas conciliar o tema à ocasião não é tarefa fácil. Mais uma vez me valho de algo que já escrevi.
Tão logo passou a comemoração do dia do T.O vem uma data mais popular: o dia do professor. Convivo com este, nas duas unidades em que trabalho, e de alguma forma estarei homenageando-os neste texto, e no da próxima edição.
Volta e meia o tema discutido no espaço de trabalho é a inclusão. Pensando sobre a realidade desta tão falada inclusão, estamos diante de um desafio.
Tenho duas palestras sob o tema, e assim como nelas não poderia falar da inclusão escolar sem antes falar da inclusão social.
Então vamos lá!

- Da exclusão . . . À INCLUSÃO.

Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é!
Será que é mais fácil excluir do que incluir? A verdade  é que o que é mais comum presenciarmos, é a exclusão.
Como lidar com as diferenças que existem entre as pessoas?
Convivemos com diferenças o tempo todo: homem X mulher; alto X baixo; bonito X feio; gordo X magro; pobre X rico; velho X novo; gigante X anão; brancos X afrodecentes; lado A X lado B (como na política, por exemplo); religião X,Y,Z; Orientação/opção sexual; fulano, beltrano, sicrano; rótulos; RóTuLoS, RÓTULOS; ... e estes não são só aplicados aos dEficiêntes e imperfeitos. Antes de qualquer coisa temos que nos libertar destes rótulos, pois:
DEUS não faz acepção de pessoas”. (Atos 10:34)

Libertar-se do preconceito, exige  conscientização
Eis a única circunstância de gaiola que eu aprovo, por suas portas estarem abertas para que possamos abrir nossas cabeças.

"Ser diferente é normal!"

Já pensou se todas as pessoas fossem iguais? Não seria um tédio?! Por isso DEUS nos fez assim. Para aprendemos a descobrir e valorizar a diversidade convivendo com pessoas diferentes.
Certa vez, Caetano Veloso foi perguntando por um repórter ser ele era normal e a resposta dele é uma das frases que eu acho mais interessantes:

De perto ninguém é normal!” 

É isto, convivendo de perto saberemos as particularidades de cada um.
Quase sempre basta uma mudança de mentalidade para que alternativas propiciem a convivência integrada.
Já falei anteriormente sobre o conceito de DIVERSIDADE FUNCIONAL, lembram?  É graças à maneira de ser pensar e agir de cada um que o mundo fica mais interessante. Todas as pessoas têm contribuições para dar, se todas tiverem a mesma oportunidade de aprender e conviver.
Façamos um paralelo então, entre: excluídos X incluídos. Onde segundo o dicionário:
·    Excluir é: eliminar; por fora; expulsar; retirar; não admitir; privar; despojar.
·   Incluir é: Compreender, abranger; conter em si; fazer tomar parte, inserir, introduzir; fazer contar de uma lista, de uma série, etc.; relacionar; estar incluído ou compreendido, fazer parte, inserir-se: INCLUSÃO.

Acreditam os especialistas em inclusão que as “comunidades com diversidade sejam mais ricas, melhores e lugares mais produtivos para viver e aprender” e que “comunidades inclusivas tenham a capacidade de criar o futuro” daí o desejo de uma vida melhor para todos.
Precisamos também, criar acessibilidade para todos: Acesso ao Social, ao Físico, ao Transporte, à Escola, à Comunicação, ao Lazer, ao Trabalho, ao Voto, á Sexualidade, ao Esporte, ao meios Digitais e Espirituais.
Numa próxima postagem, nos aprofundaremos no tema acessibilidade, mas neste momento cito resumidadmente o arquiteto José Almeida Lopes Filho:
... “A sociedade da qual todos fazemos parte, da qual somos célula integrante, não deve resumir-se a elementos de inclusão ou exclusão. Nós todos somos a sociedade e as várias comunidades que a compõem são partes diferentes entre si, mas igualmente importantes e de expressão única...
... Assim, devemos entender de uma vez por todas que não são as pessoas que são dEficientes e sim as  edificações, transporte e comunicações em geral, que são planejados e projetados com conceitos ultrapassados ineficientes para o uso do homem (eu, você, todos).”

O modelo social da deficiência diz que são as atitudes da sociedade e o nosso ambiente que necessitam mudar”. (Westmacott)

A sociedade inclusiva :

Ama a seu próximo como a si mesmo”. (Mateus 22:39)
 
Dá oportunidade de ter acesso ao que pode ser feito, ou pelo menos nos dá a oportunidade de fazer autocrítica do que é necessário ser feito, sairmos do senso comum* mudar velhos hábitos. Programarmos-nos para o futuro reflexivamente. (*gostei muito da definição do Pedro Bial sobre senso comum: é a pessoa que tem preguiça de pensar! E nesse caso, isso é muito comum de acontecer, não parar p’ra refletir e repetir uma fala impregnada de preconceitos).
A inclusão social é o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir em seus sistemas sociais gerais, pessoas com diversidade funcional, simultaneamente estas se preparam para assumir seus papeis na sociedade. Constitui -se um processo bilateral, no qual as pessoas excluídas e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos.
É um processo que contribui para a contornação de um novo tipo de sociedade através de transformações, pequenas e grandes, nos ambientes físicos (espaços internos/ externos, equipamentos, aparelhos e utensílios, mobiliário e meios de transporte), nos procedimentos técnicos e na mentalidade de todas as pessoas, portanto também da própria pessoa com diversidade funcional.
Portanto, ao contrário do que se poderia imaginar, numa primeira impressão é que a inclusão das pessoas com diversidade funcional interessa a muita gente e não apenas a minoria.
A inclusão social é um dos pilares norteadores da autodefesa da pessoa com diversidade funcional.
A maior dificuldade em se transformar uma sociedade excludente em uma sociedade inclusiva não é necessariamente de ordem econômica, política ou técnica, mas sim de ordem subjetiva ou atitudinal.
Isso porque inclusão social é, antes de tudo, um processo subjetivo e espontâneo que envolve, diretamente, o relacionamento entre seres humanos: entre uma maioria constituída pelos “normais”, saudáveis e aceitáveis e uma minoria estigmatizada constituída pelos “dEficiêntes, imperfeitos, descartáveis, ineficientes e incapazes.”
O que é ser normal? Façamos um paralelo entre o Normal X Pessoas, Cidadãos, Indivíduos com necessidades especiais = Diversidade funcional – neste caso foco para a inclusão a ser realizado pela sociedade inclusiva e ou provavelmente pelo professor inclusivo.
Diversidades funcionais comuns no ambiente social e escolar: Mista como, por exemplo, no caso do autismo; na área do intelecto – raciocínio e memória; ou Visual, Auditiva, Olfativa, Verbal/Gustativa – isto é Sensorial; Sensório Motora e Física (aqui necessidades educativas especiais). Atualmente até o Anão é considerado como pessoa com necessidades especiais, por suas particularidades físicas, inclusive incluído no BPC (Benefício de Prestação Continuada) do INSS.

Na medida em que as diversas barreiras sociais são removidas, a pessoa com diversidades funcionais têm maiores chances de se posicionar com sujeito pleno, para além das limitações que possui”. 

Mas, com o eliminar barreiras atitudinais? Fernanda Travassos Rodriguez -  Dra. em Psicologia resumidamente nos diz assim:
...“quem apresenta e inclui a criança desde o nascimento na sociedade é a própria família. ...
...Isto não muda a sociedade em si, isto muda a idéia das pessoas que constroem socialmente valores, normas, padrões, conceitos e preconceitos. ...
...Contudo, podemos dizer que a inclusão começa em casa ,...Os pais... que permitem que seus filhos (NORMAIS?) conheçam, se aproximem e convivam com as diferenças. ...Uma inclusão que não é baseada em crenças verdadeiras dos próprios pais não funciona, não vinga e não transforma aqueles que cercam a criança. ...Há guerra travada com aqueles que não aceitam nem as próprias diferenças e vivem em busca de modelos ideais. ...
...( A CRIANÇA COM NECESSSIDADES ESPECIAIS) ensina aos colegas que a vida é feita de diferenças e que é possível lidar com as mesmas sem ter que buscar modelos ideais... começa desde bem cedo a aprender a lidar com a sociedade como ela é.”...
Todos somos iguais nas diferenças!

Quebre a resistência tome uma atitude: construa acessibilidade a pessoa com deficiência intelectual” este foi o tema da semana da pessoa com dEficiência intelectual e múltipla no ano de 2009, defendido pelas APAE’s. Esse é o caminho para a inclusão. Comece hoje, agora, já! Corra...

Respeite a diversidade:
  • Faça um esforço para enxergar sempre a pessoa e não a diversidade funcional, pois ninguém gosta de ser visto pelo prisma das limitações.
  • Trate a pessoa com diversidade funcional com a mesma consideração e respeito com que você trata as demais pessoas.
  • Quando quiser informação de uma pessoa com diversidade funcional, dirija-se a ela e não aos intérpretes ou acompanhantes.
  • Quando puder, ofereça ajuda e pergunte qual a melhor forma de colaborar. A própria pessoa com diversidades funcionais especiais auxiliará você quanto à melhor forma de ajudá-lo.
  • Trate a pessoa com diversidade funcional como alguém com as mesmas qualidades e defeitos de qualquer ser humano.
  • Chame a pessoa com diversidade funcional pelo nome, com se faz com qualquer outra pessoa.
  • Pense sempre que você pode aprender e crescer muito convivendo com pessoas que se comunicam, se locomovem e faz leituras do mundo de forma diferente das suas.
    BIBLIOGRAFIA: 
    FILHO, José Almeida Lopes; O direito de ir e vir com independência, (Arquiteto especialista em acessibilidade, Federação das APAE’s do estado de Minas Gerais, semana do excepcional 2001. 
    MAINARDI, Diogo; Deficientes Discriminados, VEJA, 10 de dezembro de 2003.
    OLIVER, Fátima Corrêa, et al; Reabilitação Baseada na Comunidade (RBC) – Projeto Jardim D’abril Federação das APAE’s do estado de Minas Gerais, semana do excepcional 2001.
    TRAVASSOS-RODRIGUES, Fernanda; Síndrome de Down – o portador e a inclusão para a inicialização na vida Social escolar; Psique.Psicóloga e Terapeuta Familiar Doutora em Psicologia Clinica; PUC - RIO; 
    SASSAKI, Romeu Kazumi; Construindo a sociedade para todos, Rio de Janeiro WVA, 1997.