domingo, 4 de novembro de 2012

INDICANDO E MEDINDO CADEIRA DE RODAS

Hoje trouxe um texto que originalmente não é meu, mas como introdução quero dizer do trabalho da Terapia Ocupacional na indicação e uso de cadeira de rodas, bem como da medida e adequação à postura que é realizada por este profissional. O uso deste equipamento/dispositivo deve ser bem analisado ergonomicamente para que o conforto e satisfação do usuário da cadeira seja garantido.

(*) "Para termos uma ideia clara quanto à evolução do indispensável recurso da "tecnologia assistiva", que tem sido a cadeira de rodas, deveremos fazer cansativas pesquisas em bibliotecas de Faculdades de Medicina ou de áreas específicas, como Fisioterapia, Terapia Ocupacional e correlatas.
Vale a pena lembrar que, espalhadas por diversos sites da Internet, poderemos encontrar muitas ilustrações que nos darão base para nossos estudos mais profundos ou para tornar mais interessantes nossos eventuais artigos ou nossas aulas, palestras e conferências, conforme o caso.
Este trabalho é uma espécie de compactação de relevantes tópicos e ilustrações sobre Cadeiras de Rodas (inclusive algumas muito sutis e perspicazes piadas)."

Por: 
(*) Otto Marques da Silva
Consultor em Reabilitação Profissional
Coordenador Geral do Centro de Referências FASTER
E-mail: falecomfaster@uol.com.br

(*) Ricardo José Del'Acqua
Engenheiro Mecânico
Web-Designer do site www.crfaster.com.br
Centro de Referências FASTER
E-mail: rdelacqua@bol.com.br 

CADEIRAS DE RODAS E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA

*O texto atual não não manteve a ilustração do original.
O Surgimento de Cadeiras de Rodas

Não é difícil imaginar que a necessidade de movimentar uma pessoa acidentada ou doente com mais facilidade do que pegá-la pelas pernas, pelos braços ou colocá-la nos ombros, existiu desde os primeiros dias do homem sobre a Terra. Embora no início levado muito naturalmente às costas de homens mais fortes pelas matas ou pradarias, o homem ferido foi aos poucos carregado sobre galhos de árvores arrastados pelo chão, ou sobre pranchas trançadas com cipós, mais facilmente arrastadas quando apoiadas em "pernas" adrede preparadas, à moda das muitas raças de índios que dominaram as planícies atualmente ocupadas pelo Canadá e Estados Unidos da América. Trenós e carrinhos de mão (que nossos habitantes da zona rural chamam de carriolas) foram também utilizados, desde a Idade Média. No entanto, é impossível detectar em que momento algum inventivo ser humano notou que, colocando rodas sob um assento ou sob uma cama em que a pessoa estivesse acomodada, a tarefa seria menos cansativa, muito mais facilitada e demandaria muito menor esforço. Além disso, provocaria menor dor e desconforto para o transportado. Um cartonista analisou esse momento*, com seu tom de sátira. Mas, na cena reproduzida ao lado, há uma verdade inquestionável: acidentes, pancadas, quedas, fraqueza de membros, amputações, paralisias, doenças agudas ou crônicas e outros males que levam uma pessoa ao leito, podem levar também ao uso de cadeira de rodas para movimentar-se.

Uma Primeira Ilustração de Cadeira de Rodas

Uma das primeiras e alegóricas gravuras* de uma cadeira de rodas, que chegou até nós, está em um vaso grego do século IV AC. Nela aparece muito claramente Hefesto (Hephaistos), o deus grego da metalurgia e das artes mais finas, comodamente sentado em uma cadeira de rodas com aros (inovador) e acionada por dois cisnes (muito imaginativo). Ou seja, ideia de uma cadeira de rodas auto-propulsionada, anfíbia e que não demandava esforço algum do ocupante... Esse mitológico deus grego sempre foi considerado na cultura grega antiga como muito competente em sua profissão, tendo chegado até a criar assistentes seus, do sexo feminino, que eram lindas jovens de metal dourado, articuladas, inteligentes... e robotizadas.
Existe outra ilustração no bocal de um vaso grego, mais ou menos da mesma época e que certamente levou em consideração a primeira representação da cadeira de rodas de Hefesto, que nos mostra o controvertido deus metalúrgico como conviva, devidamente integrado entre seus demais "colegas" do Olimpo. É um verdadeiro exemplo de inclusão social entre os deuses principais da mitologia grega, muitos séculos antes de Cristo. 

Um Berço com Rodas

A ilustração* ao lado é muito rara e mais antiga. Quase desconhecida, foi pintada em um vaso grego do século VI A.C., mostrando-nos a combinação de uma cama infantil com rodinhas. É um primeiro notável exemplo de adaptação de móveis com rodas na cultura grega de séculos Antes de Cristo. 

"Ridendum Castigat Mores"

O famoso cartunista Gustafson criou* algumas situações que servem para analisarmos cadeiras de rodas como um recurso muito útil na vida das pessoas com deficiência. Ele segue o velho adágio latino sobre os filósofos satíricos: Ridendum castigat mores" (Rindo atinge (castiga) os costumes). Deixa sempre, no entanto, seu recado subliminar pontiagudo. Neste caso, por exemplo, podemos pensar em: A vida de uma pessoa em cadeira de rodas, defrontando-se sempre com barreiras arquitetônicas, pode ser um inferno!!!

Cadeira de Rodas Especial de Rei 

Poucas são as ilustrações* de cadeiras de rodas antigas que chegaram até nossos dias e vale a pena divulgá-las. O Disability Museum dispõe de exemplos bastante notórios a partir do século XII. De séculos posteriores, uma das marcantes cadeiras de rodas, inserida numa obra da Dra. Sawatzky, ortopedista de Vancouver-Canadá, é aquela utilizada pelo rei Felipe II, da Espanha, em 1595*Além do rei poder ser transportado com muita cautela, mas com certa facilidade pelos diversos ambientes do palácio, a cadeira de rodas foi fabricada de tal forma que tinha mecanismos para inclinação e repouso dos pés, podendo transformar-se em um leito provisório, para repouso e maior comodidade do monarca espanhol. 

Cadeira de Rodas Mais Leve

Houve, com o passar dos anos, muitas famílias ricas que encomendaram cadeiras de rodas, de acordo com suas posses, que estivessem de acordo com as necessidades de seus membros e com seu estilo de vida. Isso aconteceu por diversos séculos, durante os quais não havia a produção sistemática de cadeiras de rodas. Esse foi o caso dessaverdadeira poltrona móvel, com duas rodas maiores sob o assento e duas menores para garantir facilidade de movimentação. Era acabada em vime da Índia, pesando mais ou menos 25 quilos. Podia ter ou não sistema de propulsão ao lado das rodas. Normalmente era movimentada por outra pessoa.

Cadeiras de Rodas Mais Sofisticadas

Sendo inexistente a produção em série de cadeiras de rodas, algumas mais sofisticadas foram fabricadas por encomenda, numa base individual. Em muitos casos havia preocupação com o conforto da pessoa, conforme podemos notar pelas características dessa* cadeira, com duas rodas providas de aros e uma menor para tornar mais fácil o rumo a ser tomado. Era facilmente manobrável e isso já no século XVIII.

Cadeira de Rodas Auto-Manobrável

Podemos, claro, encontrar inventivos utilizadores de cadeiras de rodas que criaram seus próprios modelos*, como Stephen Farfler, que era um relojoeiro paraplégico, e que foi seu criador, aos 22 anos de idade, no ano de 1655. Esse* confortável modelo era movimentado pelo próprio usuário. Utilizava os dois braços e não requeria qualquer ajuda em terreno plano - desde que não houvesse barreiras, como hoje em dia.

A Modernidade Inicial das Cadeiras de Rodas

Num passo decisivo para o objetivo desenvolvimento de cadeiras de rodas mais versáteis, no ano de 1933 Herbert A. Everest, norte-americano, encomendou uma cadeira de rodas que poderia ser levada num automóvel. O engenheiro H.C. Jennings construiu para ele essa* primeira cadeira de rodas dobrável. Esse modelo, devidamente patenteado como muitos outros modelos, foi utilizado por décadas, com a marca Everest/Jennings, antes que outros surgissem no mercado.

Cadeiras de Rodas para Esportes

Adaptações indispensáveis para tornar as cadeiras de rodas ágeis e seguras em determinados esportes - tais como as corridas e maratonas, o basquetebol e o tênis em cadeiras de rodas - foram criadas em todas as partes do mundo. Há modelos  surpreendentes nesse campo, muito leves, com eixos especiais e muito menor proximidade do solo, como esse* utilizado para tênis de quadra.

Cadeiras de Rodas em Regiões mais Pobres

David Werner, em seu livro Nothing About Us Without Us - Nada Sobre Nós Sem Nós, apresenta diversas ilustrações a respeito de tecnologias várias adaptadas a situações de extrema carência de recursos.
Uma delas relaciona-se a modelos alternativos de cadeiras ou assentos com rodas. Werner, com sua vasta experiência em regiões montanhosas e pobres, defende a individualização das cadeiras, porque, segundo suas afirmativas, "uma criança com deficiência não é um saco de batatas". Além disso, há que se considerar que as necessidades de cada criança são sempre de alguma forma diferentes.

Becky (Amiga de Barbie) em Cadeira de Rodas

Num artigo publicado na revista One in Ten, da Rehabilitation International, no ano de 1998, Tomas Lagerwall, então do Swedish Handicap Institute (hoje é Secretário Geral da Rehabilitation International) escreveu: "Muitas garotas e alguns meninos brincam com uma boneca chamada Barbie. Becky, a amiga de Barbie, usa uma cadeira de rodas.
A boneca tem ajudado crianças a se acostumar com o fato de que algumas pessoas têm deficiência e que os recursos que usam fazem parte de suas vidas. Há também bonecos e bonecas com deficiências, sendo produzidos em países mais pobres. Esses* brinquedos, que estimulam a aceitação, podem ter uma forte influência sobre as atitudes das crianças para com as deficiências" (Thomas Lagerwall).

Motorizadas e mais Modernas

Com o avanço industrial e com o surgimento de matéria-prima muito mais moldável e mais leve, além de muito maior demanda, as cadeiras de rodas evoluíram de uma forma surpreendente desde as primeiras Décadas do Século XX. Seria tarefa impossível levantar todos os modelos existentes, desde as manuais, dobráveis ou não, às hospitalares, às adaptadas a situações específicas e também às motorizadas, que aos poucos vão tomando conta do mercado, como esta* da gravura.

Cadeiras de Rodas Especiais

Há modelos* para muitos gostos e muitas necessidades. De triciclos (scooters) existem centenas de modelos, cores e estilos em todas as partes do mundo. Há cadeiras de rodas para todos os terrenos e superação de obstáculos também. O importante é que elas não sejam confinadoras, mas libertadoras das pessoas que as utilizam.

Gente Muito Famosa em Cadeira de Rodas

Cremos que uma das figura mais famosas e importantes, que viveu no Século XX e que foi vítima da poliomielite, quando já era Presidente dos Estados Unidos, foi Franklin Delano Roosevelt. Embora fosse notório que seus assessores (e ele mesmo) evitassem que fosse visto ou movimentado em público e fotografado utilizando uma cadeira de rodas, não a dispensava em momentos especiais. Nesta* foto, ele dava seu apoio à campanha nacional contra a poliomielite e levava ao colo seu cão para reduzir o impacto de sua evidente deficiência física. Importância das Cadeiras de Rodas nas Campanhas de Acessibilidade
Campanhas múltiplas têm sido desenvolvidas em muitas partes do mundo, procurando chamar a atenção para os aspectos de acessibilidade que afetam sobremaneira as pessoas que usam cadeiras de rodas. Pequenos ícones estão espalhados pelos mais variados sites da Internet, pregando o acesso a todos os ambientes. A Rehabilitation International aprovou seu projeto de ícone indicativo de acesso a cadeiras de rodas (aprovado pelo Sistema ISO de qualidade), que se tornou internacional. 
Outros esforços têm sido desenvolvidos continuamente e precisam ser sempre apoiados.
TEXTO RETIRADO DO BLOG: http://wwwterapiadamao.blogspot.com.br/

ADEQUAÇÃO POSTURAL E ACESSIBILIDADE

Indicar, medir, orientar o uso ... tudo isto é tarefa do Terapeuta Ocupacional. Sim, orientar o uso, quer dizer ADEQUAR A POSTURA, adequação postural é outra função não só em relação a cadeira de rodas para pessoas com deficiências mas pessoas em geral, a boa postura favorece o desempenho da atividade, seja ela qual for. Seja qual cadeira for. Para a realização de atividade do cotidiano, seja nas atividade da Vida Diária ou nas Atividades Instrumentais da Vida Prática, Trabalho e Lazer.
A adequação postural e importante, pois a cadeira é a extensão do próprio corpo da pessoa e como tal ela deve se sentir bem em relação à ela, em relação a seu corpo. Cada um apresenta necessidades distintas e é isso que o Terapeuta Ocupacional vai garantir, que as medidas se ajustem a cada pessoa, bem como a indicação adequada para a atividade a desempenhar, bem como adequar a postura, ajustes, repousos, transferências, etc.  
Outro aspecto a ser garantido é a acessibilidade da pessoa não só à cadeira como ao ambiente, eliminando as barreiras ambienteis e atitudinais de acordo com as normas da ABNT. 


   

sábado, 3 de novembro de 2012

Por que não utilizar o andador!?


É bem verdade que o anda-já (ou andador) representa uma alternativa para os pais no que se refere a independência dos bebês. Uma vez que a criança dentro do aparelho, os pais ficam à vontade para realizarem seus afazes domésticos, ou descansarem. Porém, é nesse momento em que os acidentes acontecem!

A SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA condena o uso de andadores, considerando o risco de acidentes graves e os atrasos ao desenvolvimento motor do bebê.
Países desenvolvidos, como o Canadá, proibiram a comercialização do produto desde 2007, devido aos riscos à saúde da criança!

Os acidentes acontecem pela proximidade com tomadas, panelas e produtos tóxicos, causando queimaduras, choques e intoxicações. Quedas também podem ocorrer e dependendo de suas proporções oferecerem risco à vida da criança.

Desde o início da vida, o bebê atravessa etapas no desenvolvimento que servem de base para as próximas. Entre essas etapas está o ENGATINHAR, que dá oportunidade à criança de explorar o ambiente, fazendo contato com brinquedos e objetos, e ainda com o chão.
  
O uso do anda-já encurta e muitas vezes até exclui esta etapa do desenvolvimento, trazendo consequências para as etapas seguintes!

E ainda se a criança é muito pequena para o andador, ela usará somente as pontas dos pés para fazê-lo entrar em movimento, causando problemas ainda mais graves, como marcha tardia, encurtamento muscular, marcha em ponta de pé, e alterações ósseas significativas! 

Claro que algumas crianças utilizam os andadores sem que sofram qualquer acidente ou alteração motora no seu desenvolvimento. Cabe a você decidir se vai expor seu filho ao risco ou favorecer as suas etapas normais de desenvolvimento.

É brincando que a criança se desenvolve!

E engatinhando seu bebê vai longe! 

Via: T.O - Janaína Silva

Para saber mais: http://criancasegura.org.br/page/andador-perigoso-e-desnecessario

Contrabalance as informações e reflita!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Vote no blog TERAPIA OCUPACIONAL na prática, para ganhar o prêmio TOP BLOG!

Olá amigos, seguidores do blog e curtidores da página!
Este ano estamos de volta com o prêmio TOP BLOG, até aqui como no ano passado conquistamos o TOP 100, ficando entre os 100 blog's da saúde a se destacarem no prêmio.
E de acordo com as  regras do prêmio, estamos agora no segundo turno da votação, pontuando a cada semana entre os 30 mais votados estaremos na final entre os 3 mais votados da saúde, podendo ir a São Paulo receber o prêmio. 
Com a sua ajuda, digo voto, isto será possível. Portanto, conto novamente com o seu entusiamo com o blog e a página dando este voto de confiança, muito mais a TERAPIA OCUPACIONAL, do que a mim autora da ideia. Seria uma forma de promover a profissão tendo sua divulgação também neste espaço. Quem já votou no primeiro turno pode votar novamente e convidar os amigos p'ra votar também. Cada pessoa pode votar 3 vezes: 1 pelo TWITTER, 1 pelo FACEBOOK e 1 em cada E-MAIL que tiver. 
Aqui no blog é só clicar na imagem dourada que diz vote aqui, como esta e que está aqui a sua direita - >
Conto com vocês!
Obrigada!

domingo, 26 de agosto de 2012

Folder Congresso de Terapia Ocupacional

Pois bem, hoje trouxe um achado precioso, ocorreu por aqui na net mesmo. É o folder do último Congresso de Terapia Ocupacional resgatando um pouco da história bem como a nova história que vem se traçando para a nossa profissão com os desenhos das áreas atualmente reconhecidas pelo COFFITO: Saúde Mental, Saúde Funcional, Saúde Coletiva, Saúde da Família e Contextos Sociais.
Boa leitura!

HISTÓRICO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO BRASIL

A Terapia Ocupacional inicia seu repertório como profissão na história a partir de momentos significativos para a humanidade: A Revolução Francesa e a Primeira Guerra Mundial. Nesses contextos foi avançando como prática da saúde recebendo diferentes nomenclaturas como terapia pelo trabalho, tratamento moral,
ergoterapia, praxiterapia e laborterapia, sendo substituída por Terapia Ocupacional à medida que vai se institucionalizando-se ao redor do mundo. No Brasil a prática foi trazida pela família real, mas só em 1948, ocorre a primeira formação profissional, promovida pela Dra. Nise  da Silveira, o primeiro curso de graduação criando, impulsionado pelo Movimento Internacional de Reabilitação, se dá em 1956 e em 1969 é promulgado o Decreto-Lei nº 938 que a reconhece como profissão de nível superior.
Neste processo de organização, surgem em 1975 o Conselho Federal e Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, a primeira entidade técnico-cientifica específica da Terapia Ocupacional  denominada ATOB, que funcionou de 1964 a 1985, sendo substituída em 1989 pela Associação Brasileira dos Terapeutas ocupacionais - ABRATO.
A profissão e o terapeuta  ocupacional vão ganhando destaque, pela formação generalista que congrega habilidades que o capacitam a desempenhar diversos  papeis  na promoção e recuperação da saúde humana e reabilitação para um desempenho satisfatório de vida.
A inserção da Terapia Ocupacional junto a novas demandas populacionais vem redesenhando seu perfil profissional na medida em que sua identificação com o público alvo permitiu se tornar não apenas uma prática disciplinar, mas uma prática de emancipação e resgates de direitos.   


ÁREAS DE ATUAÇÃO

A prática do Terapeuta Ocupacional se dá em diversos setores e campos de conhecimentos, atuando na saúde, educação e contextos sociais, portanto legitimamente inserido em políticas públicas  para beneficio da  população. 

SAÚDE MENTAL

A prática da saúde mental busca agregar o pensamento e as funções psíquicas alteradas, facilitar a compressão deste processo por parte do indivíduo e seus grupos sociais, permitir vias de expressão verbais e não verbais por meio de atividades diversas, desmistificar o pré conceito próprio e da comunidade, ativando uma rede social de suporte e de promoção de cidadania que permita o indivíduo desempenhar todas as sus funções.
A Terapia Ocupacional na Saúde Mental Psicossocial é uma intervenção voltada para a pessoa e seu grupo social e objetiva ampliar o campo de ação, o desempenho, a autonomia e a participação da pessoa, considerando seus recursos e suas necessidades, de acordo com o momento e o lugar em que vive, estimulando, assim, condições de bem estar e autonomia através do fazer afetivo, relacional, material e produtivo, que contribuem para os processos de produção de vida e saúde. As atividades planejadas pelo terapeuta ocupacional, podem auxiliar a pessoa com transtorno mental a ser mais ativa, a manter maior contato com a realidade e, consequentemente, melhorar a realização das tarefas cotidianas e a participação social.  

SAÚDE FUNCIONAL

A Terapia Ocupacional voltada para a Pessoa com distúrbios neurológicos tem como objetivo tratar as alterações decorrentes de doenças ou traumas, como andar, falar, escrever,  manipular objetos e comprometimento da memória, que interfiram na independência e funcionalidade do indivíduo no seu dia a dia em qualquer fase da sua vida.
Quando estas alterações acontecem, a execução de tarefas simples do dia a dia, como higiene pessoal, alimentação, vestuário, locomoção e comunicação ficam comprometidas, tornando importante que a Pessoa seja assistida por um terapeuta ocupacional que trabalhará no sentido de reorganizar seu cotidiano para o resgate da autonomia.
O terapeuta ocupacional realiza uma avaliação integral da pessoa afetada pela doença para que suas deficiências sejam identificadas. A partir daí, estabelece um plano de reabilitação através de atividades selecionadas que tenham importância que tenham significado na vida diária.
 

SAÚDE COLETIVA

O novo desenho epidemiológico da população brasileira vem acompanhado pela demanda por ações específicas no cuidado a seguimentos populacionais, como crianças e adolescentes, idosos, mulheres, indígenas e quilombolas e a saúde do trabalhador.
Neste contexto estão inseridos diversos profissionais que se dedicam ao estudo e à atenção destas populações, tendo a equipe interdisciplinar condição imprescindível na atenção à saúde destas pessoas e neste contexto social está o terapeuta Ocupacional.
Quando se considera o atendimento a pessoas idosas, por exemplo, os elementos independência, saúde, segurança e socialização ocupam lugar de destaque, uma vez que, como o processo de envelhecimento, eles sofrem modificações significativas, assim, a terapia ocupacional na gerontologia visa manter, restaurar e melhorar a capacidade funcional, mantendo o idoso ativo e participativo o maior tempo possível.
A atuação do terapeuta ocupacional promove o desempenho dos idosos nas atividades de vida diária, nas atividades instrumentais de vida diária (administração do ambiente), no trabalho e até no lazer.
O terapeuta ocupacional poderá atuar junto ao idoso com comprometimentos neuropsicogeriátricos (p.ex., as demências e a depressão); com doenças e outros agravos do aparelho locomotor (p.ex., as artrites e as fraturas); com as doenças do aparelho circulatório (p.ex., o acidente vascular cerebral); dentre outras condições.
A intervenção terapêutica ocupacional é pautada no uso de exercícios cognitivos, atividades terapêuticas, adaptações do ambiente domiciliário, prescrição e confecção de tecnologias assistivas, orientação aos cuidadores formais e suporte familiar.
Deve-se indicar  um idoso para ser cuidado por um terapeuta ocupacional quando se observa que qualquer evento ocorrido em sua vida passa a comprometer suas atividades cotidianas, pondo em risco sua autonomia e independência.           

SAÚDE DA FAMILIA

O terapeuta ocupacional pode fazer parte tanto da equipe de Saúde da Família como dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, executando atividades de promoção e educação em saúde, orientação à pessoas com deficiência  e utilização da Reabilitação Baseada na Comunidade-RBC, identificação e minimização das vulnerabilidades sociais, identificação de riscos à saúde funcional, identificação de barreiras arquitetônicas impeditivas ao livre acesso na comunidade, orientações ergonômicas, aplicação de práticas integrativas que seja habilitado, identificação de situações de atraso no desenvolvimento neuro-psico-motor e educação a pais e professores para identificar e saber lidar com necessidades especiais da criança, articular na comunidade ações de cuidado em saúde mental, ativando redes de cuidado psicossocial e  intersetorialidade, dentre várias outras ações. 

CONTEXTOS SOCIAS

A terapia ocupacional nos contextos sociais possui um vasto campo de ação, que perpassa todos os aspectos do contexto asilar e outras instituições totais, contexto prisional, geração de renda, justiça e cidadania, inclusão laboral, liberdade assistida, liberdade condicional e seguridade social.
É, portanto, um profissional chave, dentro de políticas como o Programa  de Saúde Penitenciária, agindo no cotidiano e processo de re-socialização dos detentos, no Centro de Referência e Assistência Social- CRAS e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social-CREAS, e outras políticas e programas que compõe o SUS, O SUAS e políticas educacionais como a de educação inclusiva, prescrevendo tecnologias assistivas, orientando e capacitando profissionais, pais e alunos a vivenciarem esse processo com maior rendimento possível.  

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Hoje é dia D ...

Da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla

Tema deste ano: 


Queremos uma igualdade que reconheça as diferenças e uma diferença que não produza desigualdade.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Em obra temporariamente ...

O blog passou pela avaliação do "dasilva" - um site sobre acessibilidade.
E foi considerado pouco acessível  no aspecto  informativo - muita informação.   
Portanto, faremos uma limpeza  para facilitar o aceso ao mesmo.
 Esperamos ser mais claros e objetivos nas nossas informações, afinal somos a favor da acessibilidade!!!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Hoje é dia...


A Importância do Trabalho



Para grande parte das pessoas o trabalho é apenas uma forma de conseguir comida e moradia. Muitos vivem sem uma verdadeira ambição profissional que leve à sua realização pessoal. Contentam-se em satisfazer as necessidades básicas e não percebem que existem tesouros além do horizonte. 
Aqueles que usam o trabalho somente pensando em acumular dinheiro desperdiçam o prazer de resolver problemas que vão melhorar a vida de outros seres humanos, de ajudar alguém a aprender, de construir uma casa ou de salvar uma vida porque estão interessados apenas na remuneração. Todos nós conhecemos pessoas assim: vivem juntando dinheiro, para não terem preocupações na velhice e, no fim de suas vidas, descobrem que precisam de tantas coisas que o dinheiro não compra…
Lógico que o trabalho é o melhor instrumento para realizarmos as nossas conquistas materiais, mas além disso ele é um grande caminho para a realização pessoal. Trabalhar desenvolve a capacidade de pensar, de tomar decisões, de encontrar soluções, de construir projetos e de aprender a lidar com gente.
A força do trabalho como meio de estimular o desenvolvimento pessoal é tão importante que, quando não trabalhamos com esse objetivo, a aposentadoria vem e revela a verdadeira face de uma vida sem sentido. O aposentado que não cresceu através do trabalho envelhece rapidamente. Não tem mais razão para realizar algo sem a motivação do dinheiro. Quem, ao contrário, se realizou como ser humano através do trabalho jamais envelhece e, mesmo aposentado, continua atuante.
Lembre-se: transformar o mundo e através da sua ação tornar a vida do próximo melhor é o mais sublime poder do trabalhador. É maravilhoso pensar que existem pessoas que sabem transformar uma pepita de ouro em uma aliança de casamento, símbolo de um amor infinito; pessoas capazes de transformar um punhado de farinha num saboroso pão que alimenta não só o corpo mas também a alma; que transformam um deserto numa plantação de frutas e verduras; que fazem de uma criança carente um adulto responsável. A capacidade de transformação cria para o ser humano a experiência do divino que existe em cada um de nós.


Transformar a realidade da nossa vida em algo melhor ajuda-nos entrar em contato com a essência do trabalho: servir. É isso mesmo: transformar para servir ao outro!


A melhor maneira de sermos parceiros de Deus é servir ao próximo. É através do trabalho que ajudamos os outros, e ao mesmo tempo criamos um sentido para nossas vidas. Com as suas palavras, a enfermeira consola o paciente que sofre. Com a sua dedicação, a secretária auxilia o departamento da empresa a realizar seu propósito com mais agilidade. Mesmo num setor aparentemente desprovido de sentimentos, como o setor bancário, deve existir o sentido de servir. Um empréstimo é uma ajuda ao cliente para este alavancar seu negócio ou solucionar um problema familiar.

Um parceiro de Deus não vê o trabalho como um sacrifício mas também não o encara como um vício. Quem se viciou em trabalho acaba realizando suas tarefas no automático e perde a dimensão da riqueza das suas ações. E por que isso acontece? Simplesmente porque a pessoa que não sabe lidar com a sua vida afetiva utiliza o trabalho para não contatar a sua solidão.

Fuga. Trabalha o tempo todo para não sentir as suas necessidades afetivas. Não consegue um momento de descontração. Está sempre pensando num problema a ser resolvido, num projeto a ser realizado, numa meta a ser atingida. Sua vida se transforma num inferno de preocupações. Brincar com os filhos se transforma em mais um compromisso na agenda. Até fazer amor com a esposa vira um problema no meio da agitação do dia-a-dia.

O viciado em trabalho deturpa a verdadeira imagem de sua profissão. O que era vida transforma-se em compulsão. Ele pode até ser um médico que ajuda muitos pacientes, mas a maneira como realiza o seu trabalho faz com que cada atendimento o aproxime do infarto. Ele não consegue ser uma pessoa livre. São aqueles empresários que pensam que são donos da fábrica, mas na realidade a fabrica é que é dona deles. O viciado em trabalho vive se escondendo da vida, dos outros e de si mesmo. Está viciado em preocupações e perdeu o prazer de viver.

Quem é parceiro de Deus, ao contrário, entende que o trabalho é parte de uma vida cheia de pessoas queridas e de ações plenas de sentido. Se neste momento da sua vida você está trabalhando demais, é hora de parar e pensar: estou mesmo precisando trabalhar tanto? Não estou me transformando num viciado em trabalho? Não estou deixando de lado as pessoas que amo para me dedicar exclusivamente à minha carreira?
Roberto Shinyashiki/Escritor e consultor organizacional.


"Quanto mais eu quero que algo seja realizado menos eu chamo isso de trabalho."

(Richard Bach)

NÓS SABEMOS DISTO!

A Terapia Ocupacional estuda e conhece sobre o trabalho, mais uma das áreas de domínio do seu saber.

A Terapia Ocupacional na Saúde do Trabalhador objetiva realizar ações em benefício da saúde do homem em atividade (trabalho), atuando na prevenção de doenças e acidentes de trabalho, bem como na reabilitação dos trabalhadores já adoecidos, tendo sempre o olhar voltado ao homem e sua saúde. Além disso, nas suas intervenções, deve-se levar em consideração as condições e organizações do trabalho enquanto determinantes de adoecimento, permitindo ao trabalhador, não somente uma tomada de consciência, mas também uma instrumentalização que possibilite uma mudança na sua relação com o trabalho, fazendo do tratamento, um processo de participação que resulte em uma ação transformadora. 
Assim, é necessário que o terapeuta ocupacional assuma uma postura de crítica frente à organização social, não bastando atuar com o indivíduo como se ele fosse singular no mundo.


Texto: Via Vida de Terapeuta/Facebook

quarta-feira, 11 de abril de 2012

quinta-feira, 5 de abril de 2012

ESTIMULAÇÃO PRECOCE

Até parece que até agora só falei diretamente do trabalho com adultos, mas é que primo meu discurso no indivíduo como um todo e em geral. A Terapia Ocupacional tem sua prática centrada no "cliente" e daí uma linguagem, que seja universal.
Sem perceber falamos muito de crianças ... quando falamos recentemente em Doenças Raras, na Síndrome de Down, e o no TEA. Mas antes disto falamos do brincar, e já faz muito tempo ... falamos de ludoterapia, equoterapia, etc.
Hoje trouxe a contribuição de duas outras T.O's com muito mais bagagem  p'ra nos ensinar. Falar de criança é falar em estimulação precoce. Quanto mais cedo a criança se beneficiar do trabalho de um Terapeuta Ocupacional melhor será para ela. Quantos ganhos sem comprometer seu desenvolvimento. Quantos pais mais conscientes. Quantas famílias mais bem informadas, atuantes e eficazes. Pois assim se espera que o T.O trabalhe com todos aqueles envolvidos na relação com a criança, quer sejam sejam de faixas etária diferentes.  

QUANDO A CRIANÇA PRECISA DE TERAPIA OCUPACIONAL?



Se a criança está tendo dificuldade com o funcionamento do dia-a-dia em casa e/ou na escola (Alimentação, Higiene, Vestuário, Brincar), a criança deve ser avaliada por um Terapeuta Ocupacional. O tratamento é concebido para apoiar a criança e a família quando encontram dificuldades em qualquer uma das seguintes áreas: Motricidade, Lateralidade, Brincar, Comportamento, Sensorial, Aprendizagem e Atividades de Vida Diária.

HABILIDADES  MOTORAS E LATERALIDADE:
- Dificuldade de graduação da força na escrita;
- Letra ilégivel e lentidão na escrita;
- Dificuldade com manuseio da tesoura;
- Dificuldade em manipular as ferramentas na alimentação, como faca, garfo, colher;
- Dificuldade de definição da mão dominante destro ou canhoto (lateralidade indefinida) 2-3 anos;
- Dificuldades com cores, desenho, traçado;
-Dificuldade para amarrar os sapatos, fazer botões (abotoar e desabotoar), abrir/fechar ziper, desembrulhar uma bala, abrir um pacote de biscoito, enroscar e desenroscar, utilizar utensílios domésticos;
- Falta de coordenação motora, desastrada;
- Confunde os movimentos de esquerda e direita;
- Baixo tônus muscular, falta de equilíbrio;
- Pobre habilidade com bola, medo de pés saindo do chão;
- Dificuldade de coordenação de ambos os lados e cruzamento da linha média;

ATRASOS NO DESENVOLVIMENTO:
- Dificuldade preensão do lápis;
- Dificuldade nas etapas de desenvolvimento de sentar, engatinhar e andar;
- Dificuldade na motricidade grossa, fina e lateralidade em um nível adequado para idade;
- Dificuldade alcançar, preensão, soltar, transeferir objetos de uma mão para outra;
- Habilidades bimanuais (uso de ambas as mãos) para manipular explorar objetos de vários tamanhos;

PROBLEMAS DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL:
- Reação excessiva para som, toque ou movimento;
- Resposta inadequada a certas sensações, como alta tolerância à dor, não percebe cortes / machucados 
- Está em constante movimento, saltando, batendo;
- Facilmente distraídos por estímulos visuais ou auditivos;
- Emocionalmente reativa;
- Dificuldades de lidar com a mudança;
- Incapacidade de auto-regulação;

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM:
- Incapaz de se concentrar e focar na escola;
- Facilmente distraídos - dificuldade em seguir instruções e completar o trabalho;
- Fadiga com o trabalho escolar;
- Controle pobre do impulso;
- Hiperatividade ou de baixa energia;
- Dificuldade para aprender novo material;

DESORDENS DO ESPECTRO AUTISTA E SÍNDROME DE ASPERGER:
- Dificuldades de interação social e envolvimento com a família;
- Dificuldades com o processamento sensorial;
- Dificuldades com a mudança para novos ambientes;
- Excessivamente centradas (fixações objetos por exemplo, carros, trens e dinossauros);
- Não lidar com o ambiente escolar;

DESORDENS DE PROCESSAMENTO VISUAL:
- Dificuldade viso-motora e viso-espacial;
- Espaçamento e tamanhos inadequado de letras;
- Contato visual pobre;
- Dificuldades com o acompanhamento e cruzamento da linha média;
- Dificuldade de encontrar objetos entre outros objetos;
- Dificuldades de cópia de quadro;

BRINCAR:
- Dificuldade com brinquedos de encaixar, empilhar, montar e desmontar;
- Precisa de orientação de adultos para iniciar o jogo;
- Dificuldade de imitação;
- Não explora os brinquedos de forma adequada (brincar sem sentido);
- Participa de jogos repetitivos por horas, por exemplo alinhando brinquedos;
- Dificuldade de interação com os colegas / irmãos nas brincadeiras;

Em qualquer das situações acima, a criança deve ser encaminhada aos cuidados de um Terapeuta Ocupacional!

Por Janaina Silva/TERAPEUTA OCUPACIONAL

Adaptação de Texto elaborado por: Johanna Melo Franco - Terapeuta Ocupacional.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Hoje é dia ...

Mostre que você é consciente! 

Vista-se de azul!
A Terapia Ocupacional tem conhecido bem de perto!