quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Quem educa o educador?

Emoção: vem do francês émotion, e a origem da palavra que dizer movimento.
Em outras palavras, o sentimento das pessoas pode movimentar as coisas, especialmente aquelas que estão estagnadas, paralisadas. Por que:

“Quem não se envolve não se des-envolve”. (Jose Ângelo Gaiarça)

O professor que se busca construir é aquele que consiga, de verdade, ser um educador, que conheça o universo do educando, que tenha bom senso, que permita e proporcione o desenvolvimento da autonomia de seus educandos. Que tenha entusiasmo, paixão; que vibre com as conquistas de cada um de seus educandos, que não discrimine ninguém nem se mostre mais próximo de alguns, deixandoos outros a deriva. Que seja politicamente participativo, que suas opiniões possam ter sentido para os educandos, sabendo sempre queum líder que tem nas mãos a responsabilidade de conduzir um processo de crescimento humano, de formação de cidadãos, de fomento de novos líderes. Ninguém se torna um professor perfeito, que nada mais tem a aprender,e portanto este acaba se transformando num grande risco para a comunidade educativa. No conhecimento não existe o ponto estático – ou se estáem crescimento, ou em queda. Aquele que se considera perfeito está em queda livre porque é incapaz de reverseus métodos, de ouvir outras idéias, de tentar ser melhor. A grande responsabilidade para a construção de uma educação cristã esta nas mãos do educador.
O ato de educar não pode ser visto apenas como depositar informações nem transmitir conhecimentos. Há muitas formas de transmissão de conhecimento, mas o ato de educar se dá com afeto, só se completa com amor. (Daniel Chalita)

A LDB discorre sobre... 
No tocante a aprendizagem dos educandos, fala em zelo no sentido de acompanhamento dessa aprendizagem, que se dá de forma heterogênea, individual. Zelar é mais do que avaliar, é preocupar-se, comprometer-se, buscar as causas que dificultam o processo de aprendizagem e insistem em outros mecanismos que possa recuperar os educandos que apresentam alguma espécie de bloqueio.

O educador inclusivo...
É flexível; ser flexível é ser acessível.Sabe qual a diferença entre uma pessoa teimosa e uma perseverante? A teimosa é sempre igual e insiste em fazer tudo do mesmo jeito. A perseverante tem diferentes comportamentos para o mesmo objetivo.
O educador só conseguirá fazer com que o educando aprenda se ele próprio continuar a aprender. A aprendizagem do educando é diretamente proporcional á capacidade de aprendizado do educador. Essa mudança de paradigma faz com que o educador não seja o repassador deconhecimento, mas orientador, aquele que trabalha para o desenvolvimento das habilidades de seus educandos.
Desde a infância o educando recebe estímulos diversos. A escola não pode ser castradora da bagagem que o educando trás consigo. Valorize o cotidiano do seu educando. O papel do novo educador não é mais levar informação até o educando e sim mediar as informações que já estão com ele; transformando as em conhecimento e conseqüente sabedoria. Aprende-se com maior qualidade quando o educador deixa de ser o único detentor do saber.

O educador inclusivo...
Pesquisa, adápta-se, não teme o novo, viver com a diversidade do individuo dentro ou fora da sala de aula, fazendo das inúmeras informações que o educando leva até o educador em arte de ensinar, e, sobretudo, deixa claro para o educando que a informação, apenas não sustenta a formaçãopara ser um bom profissional e para ser um indivíduo feliz.

O educador inclusivo...
É mediador !
Faz aliança entre teoria e prática;
Pede ajuda aos outros educandos;
Dialoga;
Trabalha com temas transversais (as disciplinas conversam entre si);
Oferece atividades desafiadoras; carregadas de significado e sentido para os educandos;
O educador mediador vai além do domínio dos seus saberes específicos, ele é capaz de compreender a diversidade, a leitura de mundo de seus educandos e ainda de respeitar o tempo de cada um tem para processar novos conteúdos. A aprendizagem é feita, por ambos reconstruindo, redescobrindo a cada momento o conhecimento
Vejam como é a relação:
Educador X educando
Dependência: não conseguir dar um passo diferente por causa de algo ou alguém.
Independência: liberdade, autonomia, demais pode gerar arrogância, insensibilidade e por incrível que pareça, distanciamento social.
Interdependência: são duas ou mais pessoas ligadas entre si e que se auxiliam mutuamente com o mesmo objetivo.

O educador inclusivo ...
Não se detém nas dificuldades! Enxerga a dEficiência. Valoriza o que é positivo. Dá ênfase a: HABILIDADES: Qualidade de hábil; Notável desempenho e elevada potencialidade intelectual; Aptidão específica, Capacidade de liderança, Talento especial para artes e etc; Hábil: que tem aptidão para algo: Esperto; Sagaz.
de p/ algo: Esperto; Sagaz.
Com dados em observação, vejo que o educador tem grande dificuldade em mensurar o que o aluno sabe. Produto final? Conceito? Participação? Auto avaliação? Descritivo? PDI?
A resposta é um processo de avaliação que respeite e acompanhe o ritmo de aprendizagem de cada educando.
Suas avaliações são instrumentos qualitativos por excelência, visto que a nota de seus trabalhos é somatório de todo um processo de aprendizagem dos educandos, no sentido mais amplo da função cognitiva e afetiva de suas relações.
E aí ele tem recursos subjetivos como o PDI que é a descrição pormenorizada sobre o seu aprendiz/educando, “àquele” que ele conhece bem!? 
Segundo a Secretaria do Estado de Educacao de Minas Gerais o PDI engloba:
  • Habilidades cognitivas e metacognitivas: É importante que o educador busque compreender porque o educando fracassa nas aprendizagens que exigem, predominantemente, essas habilidades; e refletir sobre que intervenção pedagógica tem desenvolvido para ajudar nas dificuldades apresentadas pelo educando.
  • Habilidades motoras e psicomotoras: Quando o educador observar que o educando apresenta problemas motores ou psicomotores é importante ele verificar se esse educando faz algum acompanhamento específico, bem como refletir se a intervenção pedagógica tem contribuído para auxiliar o educando em suas dificuldades.
  • Habilidades interpessoais e afetivas: O educador deve verificar se o educando faz algum acompanhamento nessa área e se sua prática dentro de sala de aula tem contemplado essas habilidades.
  • Habilidades comunicacionais: Quando o educando apresenta problemas na comunicação, o educador deve verificar se ele faz algum acompanhamento específico e se as atividades em classe têm propiciado o desenvolvimento dessas habilidades.
Segundo Daniel Chalita, existem habilidades essenciais a formação do ser humano/aprendiz/educando, e com elas concluímos nossa reflexão:
  • Cognitivas: é a habilidade de absorver o conhecimento e de trabalha-lo de forma eficiente e significativa.  Aptidão para aprender a aprender.
  • Social: é a habilidade para enfrentar desafios sem se machucar e machucando o mínimo possível, estar preparado para conviver socialmente, para competir com dignidade, para abandonar o barco se necessário for,por sentir que há outros mares mais interessantes para ser navegados. A habilidade social é a preparação para a convivência em uma sociedade plural.
  • Emocional: não é possível desenvolver a habilidade cognitiva e a social sem que a emoção seja trabalhada. A emoção trabalha com a liberação da pessoa humana. A emoção é a busca do foco interior e exterior, de uma relação do ser humano com ele mesmo e com o outro, o que dá trabalho, demanda tempo e esforço para a conquista da autonomia e felicidade.
Outra pessoa que tem uma sensibilidade incrível é uma Terapeuta Ocupacional que conheço a pouco tempo, mas que fala de um jeito muito lindo o recado que aquí eu quiz passar, ela escreve assim em seu blog:
"Tive a sorte de ter bons professores ao longo da minha vida. Em todas as etapas eu tive quem me estimulasse a ser curiosa, me motivasse a aprender, a participar, a desenvolver minhas habilidades. Graças ao investimento, ao interesse e a observação desses professores eu pude, por exemplo, mudar de série no meio do ano letivo, sem dificuldades para acompanhar minha turma nova, teoricamente um ano na minha frente." ... 
...Mas como todo mundo eu tenho aquela professora que fez A diferença. ...
... Diferente de todos os outros ao longo da minha vida, essas me ensinaram a me conhecer. E me conhecendo, fiz as pazes comigo, me aceitei, me tornei uma pessoa melhor e sem dúvidas uma profissional mais consciente das minhas qualidades e limitações."...
Obrigada Érima, por esta bela contribuição!!! 

"As vezes o que você precisa é mais do que só falar".
BIBLIOGRAFIA:
CHALITA, Gabriel; Educação: a solução está no afeto, São Paulo: Editora  Gente, 20011ª edição., edição revista e atualizada.
MANTOAN; Maria Tereza Eglér; Pedagoga, Mestre e Doutora em Educação de Pessoas com deficiência intelectual.
OLIVER, Fátima Corrêa, et al; Reabilitação Baseada na Comunidade (RBC) – Projeto Jardim D’abril Federação das APAE’s do estado de Minas Gerais, semana do excepcional 2001.
ANDRADE, ÉRIMA,http://erimadeandrade.blogspot.com/2011/10/criancas-professores-alimentacao.html#comment-form

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não esqueça de comentar: