domingo, 26 de agosto de 2012

Folder Congresso de Terapia Ocupacional

Pois bem, hoje trouxe um achado precioso, ocorreu por aqui na net mesmo. É o folder do último Congresso de Terapia Ocupacional resgatando um pouco da história bem como a nova história que vem se traçando para a nossa profissão com os desenhos das áreas atualmente reconhecidas pelo COFFITO: Saúde Mental, Saúde Funcional, Saúde Coletiva, Saúde da Família e Contextos Sociais.
Boa leitura!

HISTÓRICO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO BRASIL

A Terapia Ocupacional inicia seu repertório como profissão na história a partir de momentos significativos para a humanidade: A Revolução Francesa e a Primeira Guerra Mundial. Nesses contextos foi avançando como prática da saúde recebendo diferentes nomenclaturas como terapia pelo trabalho, tratamento moral,
ergoterapia, praxiterapia e laborterapia, sendo substituída por Terapia Ocupacional à medida que vai se institucionalizando-se ao redor do mundo. No Brasil a prática foi trazida pela família real, mas só em 1948, ocorre a primeira formação profissional, promovida pela Dra. Nise  da Silveira, o primeiro curso de graduação criando, impulsionado pelo Movimento Internacional de Reabilitação, se dá em 1956 e em 1969 é promulgado o Decreto-Lei nº 938 que a reconhece como profissão de nível superior.
Neste processo de organização, surgem em 1975 o Conselho Federal e Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, a primeira entidade técnico-cientifica específica da Terapia Ocupacional  denominada ATOB, que funcionou de 1964 a 1985, sendo substituída em 1989 pela Associação Brasileira dos Terapeutas ocupacionais - ABRATO.
A profissão e o terapeuta  ocupacional vão ganhando destaque, pela formação generalista que congrega habilidades que o capacitam a desempenhar diversos  papeis  na promoção e recuperação da saúde humana e reabilitação para um desempenho satisfatório de vida.
A inserção da Terapia Ocupacional junto a novas demandas populacionais vem redesenhando seu perfil profissional na medida em que sua identificação com o público alvo permitiu se tornar não apenas uma prática disciplinar, mas uma prática de emancipação e resgates de direitos.   


ÁREAS DE ATUAÇÃO

A prática do Terapeuta Ocupacional se dá em diversos setores e campos de conhecimentos, atuando na saúde, educação e contextos sociais, portanto legitimamente inserido em políticas públicas  para beneficio da  população. 

SAÚDE MENTAL

A prática da saúde mental busca agregar o pensamento e as funções psíquicas alteradas, facilitar a compressão deste processo por parte do indivíduo e seus grupos sociais, permitir vias de expressão verbais e não verbais por meio de atividades diversas, desmistificar o pré conceito próprio e da comunidade, ativando uma rede social de suporte e de promoção de cidadania que permita o indivíduo desempenhar todas as sus funções.
A Terapia Ocupacional na Saúde Mental Psicossocial é uma intervenção voltada para a pessoa e seu grupo social e objetiva ampliar o campo de ação, o desempenho, a autonomia e a participação da pessoa, considerando seus recursos e suas necessidades, de acordo com o momento e o lugar em que vive, estimulando, assim, condições de bem estar e autonomia através do fazer afetivo, relacional, material e produtivo, que contribuem para os processos de produção de vida e saúde. As atividades planejadas pelo terapeuta ocupacional, podem auxiliar a pessoa com transtorno mental a ser mais ativa, a manter maior contato com a realidade e, consequentemente, melhorar a realização das tarefas cotidianas e a participação social.  

SAÚDE FUNCIONAL

A Terapia Ocupacional voltada para a Pessoa com distúrbios neurológicos tem como objetivo tratar as alterações decorrentes de doenças ou traumas, como andar, falar, escrever,  manipular objetos e comprometimento da memória, que interfiram na independência e funcionalidade do indivíduo no seu dia a dia em qualquer fase da sua vida.
Quando estas alterações acontecem, a execução de tarefas simples do dia a dia, como higiene pessoal, alimentação, vestuário, locomoção e comunicação ficam comprometidas, tornando importante que a Pessoa seja assistida por um terapeuta ocupacional que trabalhará no sentido de reorganizar seu cotidiano para o resgate da autonomia.
O terapeuta ocupacional realiza uma avaliação integral da pessoa afetada pela doença para que suas deficiências sejam identificadas. A partir daí, estabelece um plano de reabilitação através de atividades selecionadas que tenham importância que tenham significado na vida diária.
 

SAÚDE COLETIVA

O novo desenho epidemiológico da população brasileira vem acompanhado pela demanda por ações específicas no cuidado a seguimentos populacionais, como crianças e adolescentes, idosos, mulheres, indígenas e quilombolas e a saúde do trabalhador.
Neste contexto estão inseridos diversos profissionais que se dedicam ao estudo e à atenção destas populações, tendo a equipe interdisciplinar condição imprescindível na atenção à saúde destas pessoas e neste contexto social está o terapeuta Ocupacional.
Quando se considera o atendimento a pessoas idosas, por exemplo, os elementos independência, saúde, segurança e socialização ocupam lugar de destaque, uma vez que, como o processo de envelhecimento, eles sofrem modificações significativas, assim, a terapia ocupacional na gerontologia visa manter, restaurar e melhorar a capacidade funcional, mantendo o idoso ativo e participativo o maior tempo possível.
A atuação do terapeuta ocupacional promove o desempenho dos idosos nas atividades de vida diária, nas atividades instrumentais de vida diária (administração do ambiente), no trabalho e até no lazer.
O terapeuta ocupacional poderá atuar junto ao idoso com comprometimentos neuropsicogeriátricos (p.ex., as demências e a depressão); com doenças e outros agravos do aparelho locomotor (p.ex., as artrites e as fraturas); com as doenças do aparelho circulatório (p.ex., o acidente vascular cerebral); dentre outras condições.
A intervenção terapêutica ocupacional é pautada no uso de exercícios cognitivos, atividades terapêuticas, adaptações do ambiente domiciliário, prescrição e confecção de tecnologias assistivas, orientação aos cuidadores formais e suporte familiar.
Deve-se indicar  um idoso para ser cuidado por um terapeuta ocupacional quando se observa que qualquer evento ocorrido em sua vida passa a comprometer suas atividades cotidianas, pondo em risco sua autonomia e independência.           

SAÚDE DA FAMILIA

O terapeuta ocupacional pode fazer parte tanto da equipe de Saúde da Família como dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, executando atividades de promoção e educação em saúde, orientação à pessoas com deficiência  e utilização da Reabilitação Baseada na Comunidade-RBC, identificação e minimização das vulnerabilidades sociais, identificação de riscos à saúde funcional, identificação de barreiras arquitetônicas impeditivas ao livre acesso na comunidade, orientações ergonômicas, aplicação de práticas integrativas que seja habilitado, identificação de situações de atraso no desenvolvimento neuro-psico-motor e educação a pais e professores para identificar e saber lidar com necessidades especiais da criança, articular na comunidade ações de cuidado em saúde mental, ativando redes de cuidado psicossocial e  intersetorialidade, dentre várias outras ações. 

CONTEXTOS SOCIAS

A terapia ocupacional nos contextos sociais possui um vasto campo de ação, que perpassa todos os aspectos do contexto asilar e outras instituições totais, contexto prisional, geração de renda, justiça e cidadania, inclusão laboral, liberdade assistida, liberdade condicional e seguridade social.
É, portanto, um profissional chave, dentro de políticas como o Programa  de Saúde Penitenciária, agindo no cotidiano e processo de re-socialização dos detentos, no Centro de Referência e Assistência Social- CRAS e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social-CREAS, e outras políticas e programas que compõe o SUS, O SUAS e políticas educacionais como a de educação inclusiva, prescrevendo tecnologias assistivas, orientando e capacitando profissionais, pais e alunos a vivenciarem esse processo com maior rendimento possível.  

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Hoje é dia D ...

Da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla

Tema deste ano: 


Queremos uma igualdade que reconheça as diferenças e uma diferença que não produza desigualdade.