terça-feira, 25 de outubro de 2011

O ASSUNTO DO MOMENTO...

Hum...?!
Demorei um pouco para decidir sobre o próximo tema, não que estivesse difícil explanar, mas conciliar o tema à ocasião não é tarefa fácil. Mais uma vez me valho de algo que já escrevi.
Tão logo passou a comemoração do dia do T.O vem uma data mais popular: o dia do professor. Convivo com este, nas duas unidades em que trabalho, e de alguma forma estarei homenageando-os neste texto, e no da próxima edição.
Volta e meia o tema discutido no espaço de trabalho é a inclusão. Pensando sobre a realidade desta tão falada inclusão, estamos diante de um desafio.
Tenho duas palestras sob o tema, e assim como nelas não poderia falar da inclusão escolar sem antes falar da inclusão social.
Então vamos lá!

- Da exclusão . . . À INCLUSÃO.

Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é!
Será que é mais fácil excluir do que incluir? A verdade  é que o que é mais comum presenciarmos, é a exclusão.
Como lidar com as diferenças que existem entre as pessoas?
Convivemos com diferenças o tempo todo: homem X mulher; alto X baixo; bonito X feio; gordo X magro; pobre X rico; velho X novo; gigante X anão; brancos X afrodecentes; lado A X lado B (como na política, por exemplo); religião X,Y,Z; Orientação/opção sexual; fulano, beltrano, sicrano; rótulos; RóTuLoS, RÓTULOS; ... e estes não são só aplicados aos dEficiêntes e imperfeitos. Antes de qualquer coisa temos que nos libertar destes rótulos, pois:
DEUS não faz acepção de pessoas”. (Atos 10:34)

Libertar-se do preconceito, exige  conscientização
Eis a única circunstância de gaiola que eu aprovo, por suas portas estarem abertas para que possamos abrir nossas cabeças.

"Ser diferente é normal!"

Já pensou se todas as pessoas fossem iguais? Não seria um tédio?! Por isso DEUS nos fez assim. Para aprendemos a descobrir e valorizar a diversidade convivendo com pessoas diferentes.
Certa vez, Caetano Veloso foi perguntando por um repórter ser ele era normal e a resposta dele é uma das frases que eu acho mais interessantes:

De perto ninguém é normal!” 

É isto, convivendo de perto saberemos as particularidades de cada um.
Quase sempre basta uma mudança de mentalidade para que alternativas propiciem a convivência integrada.
Já falei anteriormente sobre o conceito de DIVERSIDADE FUNCIONAL, lembram?  É graças à maneira de ser pensar e agir de cada um que o mundo fica mais interessante. Todas as pessoas têm contribuições para dar, se todas tiverem a mesma oportunidade de aprender e conviver.
Façamos um paralelo então, entre: excluídos X incluídos. Onde segundo o dicionário:
·    Excluir é: eliminar; por fora; expulsar; retirar; não admitir; privar; despojar.
·   Incluir é: Compreender, abranger; conter em si; fazer tomar parte, inserir, introduzir; fazer contar de uma lista, de uma série, etc.; relacionar; estar incluído ou compreendido, fazer parte, inserir-se: INCLUSÃO.

Acreditam os especialistas em inclusão que as “comunidades com diversidade sejam mais ricas, melhores e lugares mais produtivos para viver e aprender” e que “comunidades inclusivas tenham a capacidade de criar o futuro” daí o desejo de uma vida melhor para todos.
Precisamos também, criar acessibilidade para todos: Acesso ao Social, ao Físico, ao Transporte, à Escola, à Comunicação, ao Lazer, ao Trabalho, ao Voto, á Sexualidade, ao Esporte, ao meios Digitais e Espirituais.
Numa próxima postagem, nos aprofundaremos no tema acessibilidade, mas neste momento cito resumidadmente o arquiteto José Almeida Lopes Filho:
... “A sociedade da qual todos fazemos parte, da qual somos célula integrante, não deve resumir-se a elementos de inclusão ou exclusão. Nós todos somos a sociedade e as várias comunidades que a compõem são partes diferentes entre si, mas igualmente importantes e de expressão única...
... Assim, devemos entender de uma vez por todas que não são as pessoas que são dEficientes e sim as  edificações, transporte e comunicações em geral, que são planejados e projetados com conceitos ultrapassados ineficientes para o uso do homem (eu, você, todos).”

O modelo social da deficiência diz que são as atitudes da sociedade e o nosso ambiente que necessitam mudar”. (Westmacott)

A sociedade inclusiva :

Ama a seu próximo como a si mesmo”. (Mateus 22:39)
 
Dá oportunidade de ter acesso ao que pode ser feito, ou pelo menos nos dá a oportunidade de fazer autocrítica do que é necessário ser feito, sairmos do senso comum* mudar velhos hábitos. Programarmos-nos para o futuro reflexivamente. (*gostei muito da definição do Pedro Bial sobre senso comum: é a pessoa que tem preguiça de pensar! E nesse caso, isso é muito comum de acontecer, não parar p’ra refletir e repetir uma fala impregnada de preconceitos).
A inclusão social é o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir em seus sistemas sociais gerais, pessoas com diversidade funcional, simultaneamente estas se preparam para assumir seus papeis na sociedade. Constitui -se um processo bilateral, no qual as pessoas excluídas e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos.
É um processo que contribui para a contornação de um novo tipo de sociedade através de transformações, pequenas e grandes, nos ambientes físicos (espaços internos/ externos, equipamentos, aparelhos e utensílios, mobiliário e meios de transporte), nos procedimentos técnicos e na mentalidade de todas as pessoas, portanto também da própria pessoa com diversidade funcional.
Portanto, ao contrário do que se poderia imaginar, numa primeira impressão é que a inclusão das pessoas com diversidade funcional interessa a muita gente e não apenas a minoria.
A inclusão social é um dos pilares norteadores da autodefesa da pessoa com diversidade funcional.
A maior dificuldade em se transformar uma sociedade excludente em uma sociedade inclusiva não é necessariamente de ordem econômica, política ou técnica, mas sim de ordem subjetiva ou atitudinal.
Isso porque inclusão social é, antes de tudo, um processo subjetivo e espontâneo que envolve, diretamente, o relacionamento entre seres humanos: entre uma maioria constituída pelos “normais”, saudáveis e aceitáveis e uma minoria estigmatizada constituída pelos “dEficiêntes, imperfeitos, descartáveis, ineficientes e incapazes.”
O que é ser normal? Façamos um paralelo entre o Normal X Pessoas, Cidadãos, Indivíduos com necessidades especiais = Diversidade funcional – neste caso foco para a inclusão a ser realizado pela sociedade inclusiva e ou provavelmente pelo professor inclusivo.
Diversidades funcionais comuns no ambiente social e escolar: Mista como, por exemplo, no caso do autismo; na área do intelecto – raciocínio e memória; ou Visual, Auditiva, Olfativa, Verbal/Gustativa – isto é Sensorial; Sensório Motora e Física (aqui necessidades educativas especiais). Atualmente até o Anão é considerado como pessoa com necessidades especiais, por suas particularidades físicas, inclusive incluído no BPC (Benefício de Prestação Continuada) do INSS.

Na medida em que as diversas barreiras sociais são removidas, a pessoa com diversidades funcionais têm maiores chances de se posicionar com sujeito pleno, para além das limitações que possui”. 

Mas, com o eliminar barreiras atitudinais? Fernanda Travassos Rodriguez -  Dra. em Psicologia resumidamente nos diz assim:
...“quem apresenta e inclui a criança desde o nascimento na sociedade é a própria família. ...
...Isto não muda a sociedade em si, isto muda a idéia das pessoas que constroem socialmente valores, normas, padrões, conceitos e preconceitos. ...
...Contudo, podemos dizer que a inclusão começa em casa ,...Os pais... que permitem que seus filhos (NORMAIS?) conheçam, se aproximem e convivam com as diferenças. ...Uma inclusão que não é baseada em crenças verdadeiras dos próprios pais não funciona, não vinga e não transforma aqueles que cercam a criança. ...Há guerra travada com aqueles que não aceitam nem as próprias diferenças e vivem em busca de modelos ideais. ...
...( A CRIANÇA COM NECESSSIDADES ESPECIAIS) ensina aos colegas que a vida é feita de diferenças e que é possível lidar com as mesmas sem ter que buscar modelos ideais... começa desde bem cedo a aprender a lidar com a sociedade como ela é.”...
Todos somos iguais nas diferenças!

Quebre a resistência tome uma atitude: construa acessibilidade a pessoa com deficiência intelectual” este foi o tema da semana da pessoa com dEficiência intelectual e múltipla no ano de 2009, defendido pelas APAE’s. Esse é o caminho para a inclusão. Comece hoje, agora, já! Corra...

Respeite a diversidade:
  • Faça um esforço para enxergar sempre a pessoa e não a diversidade funcional, pois ninguém gosta de ser visto pelo prisma das limitações.
  • Trate a pessoa com diversidade funcional com a mesma consideração e respeito com que você trata as demais pessoas.
  • Quando quiser informação de uma pessoa com diversidade funcional, dirija-se a ela e não aos intérpretes ou acompanhantes.
  • Quando puder, ofereça ajuda e pergunte qual a melhor forma de colaborar. A própria pessoa com diversidades funcionais especiais auxiliará você quanto à melhor forma de ajudá-lo.
  • Trate a pessoa com diversidade funcional como alguém com as mesmas qualidades e defeitos de qualquer ser humano.
  • Chame a pessoa com diversidade funcional pelo nome, com se faz com qualquer outra pessoa.
  • Pense sempre que você pode aprender e crescer muito convivendo com pessoas que se comunicam, se locomovem e faz leituras do mundo de forma diferente das suas.
    BIBLIOGRAFIA: 
    FILHO, José Almeida Lopes; O direito de ir e vir com independência, (Arquiteto especialista em acessibilidade, Federação das APAE’s do estado de Minas Gerais, semana do excepcional 2001. 
    MAINARDI, Diogo; Deficientes Discriminados, VEJA, 10 de dezembro de 2003.
    OLIVER, Fátima Corrêa, et al; Reabilitação Baseada na Comunidade (RBC) – Projeto Jardim D’abril Federação das APAE’s do estado de Minas Gerais, semana do excepcional 2001.
    TRAVASSOS-RODRIGUES, Fernanda; Síndrome de Down – o portador e a inclusão para a inicialização na vida Social escolar; Psique.Psicóloga e Terapeuta Familiar Doutora em Psicologia Clinica; PUC - RIO; 
    SASSAKI, Romeu Kazumi; Construindo a sociedade para todos, Rio de Janeiro WVA, 1997.

    HÁ LÚZ NO FIM DO TÚNEL!

    P’ra encerrar nossa reflexão e abrir um brecha para nossa próxima edição; pergunto: Quem são os ANÔNIMOS de nossa sociedade? Talvez os mais estudados e intelectuais continuem desconhecidos, ou conhecidos de uma minoria.
    Enquanto CELEBRIDADES são pessoas que tem uma habilidades específicas como no caso do futebol ou artistas como os atores, habilidades estas que não foram necessariamente privilegiadas na sua formação acadêmica.  Os mais letrados têem garantias? 

    "DEUS não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos

    Portanto, quando estivermos diante de alguém que aprende de um jeito diferente, ou que apresente habilidades diferentes, devemos respeitá-la e auxiliá-la a descobrir e explorar o seu melhor e não querer a todo custo extrair dela o que ela não tem condições de oferecer, agindo assim você só conseguirá frustá-la.  
    Por outro lado, não quero com isto, desestimular aqueles que se esforçam por estudar e conquistar seus méritos com esfroço e dedicação. Sou à favor do equilíbrio em tudo! 
    Mas também não podemos desmerecer aqueles que apresentam outras habilidades que não as intelectuais. Pensando neste equilíbrio, um boa forma de dosar nossa crítica é valorizar todos aqueles que se expressam atravez de sua profissão, ofício, habilidade e dessa forma se incluem na sociedade e assim são felizes.
    O filósofo André Comte-Sponville acredita que:  

    “Existem Imbecis felizes e Gênios Infelizes”
     
    Parafraseando Ney Mato Grosso: . . . ”Dizem que sou louco, por pensar assim, mas louco é quem me diz que não é feliz”. . .

    E nessa vida o que importa é ser feliz!

    BIBLIOGRAFIA:
    SPONVILE, André Conte; A Consolação da Filosofia, REVISTA ÉPOCA; 1° de janeiro de 2007.

    sábado, 22 de outubro de 2011

    CONTINUEM A VOTAR...



    Quero em primeiro lugar, agradecer à todo que votaram neste blog para o prêmio TOP BLOG edição 2011.
    Ele ficou classificado entre os 100 mais votados na categoria saúde. E agora está no segundo turno da votação que continua e com a sua participação, ficará entre os 30 mais votados. Conto mais uma vez com o seu voto e só vale um voto por e-mail. Tendo dúvidas mande um e-mail para: jam.to_mtm@hotmail.com que estarei lhe auxiliando.
    Obrigada mais uma vez!
    PARA VOTAR CLICA NA IMAGEM SEMELHANTE A ESTA AO SEU LADO DIREITO PISCANDO  - - - - - - - - >


    A realização da 2° Edição do Prêmio Top Blog promoverá a participação de 2,5 milhões de blogueiros em torno da campanha colaborativa EU VIVO + SUSTENTÁVEL, fundamentada nos 4 princípios elementares da “Carta da Terra” com objetivo de gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz.

    I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA
    II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
    III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA
    IV. DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ 

    Cada vez mais o Top Blog meio digital cresce em plataformas web 2.0 e mobile, tornando-o importante veículo de comunicação interativa. Blogs e redes sociais, juntos, lideram a audiência da internet e possibilitam a interação das pessoas na formação de uma comunicação social direta, informativa e participativa.

    “Blogs são canais colaborativos de informação que precisam ser reconhecidos para que cada vez mais a sociedade possa expressar suas idéias, seus anseios e ideais, garantindo o exercício interativo da cidadania”. (José Carlos Leite de Almeida – Idealizador do Top Blog)

    quinta-feira, 20 de outubro de 2011

    Inclusão escolar

    Tenho a partir de agora a difícil tarefa de falar sobre inclusão escolar, não que eu não goste do assunto, mas é pisar em térreo delicado. Ao preparar este tema como palestra tive longas conversas com uma colega de trabalho  Pedagoga especializanda em educação especial e por quem tenho enorme admiração pelo trabalho e profissionalismo, exemplo de inclusão. Também escutei colegas que defendiam teses rígidas sobre educar. E nesta balança puder discorrer este ensaio do que pra mim é inclusão escolar.  Teremos três momentos distintos para refletir, e ainda não termos esgotado o assunto.

    Sou eu quem não pode aprender ou você que não sabe ensinar?



    Ta aí uma pergunta para começarmos nossa reflexão de hoje. Coloquemo-nos no lugar daquele que não consegue aprender, ou que não aprende da forma usual, ou com os recursos convencionais.
    Para realizar a inclusão escolar, todos  na escola devem estar cientes sobre a inclusão social e também precisam entender que podem estar diante de um déficit intelectual, um déficit de aprendizagem, de uma necessidade educativa especial ou até um transtorno mental que pode vir a ocorrer dentre outras circunstâncias.
    Vamos entender um pouquinho dessas situações:
    Antigamente, os testes de QI definiam o déficit intelectual com nomes pejorativos que traziam estigmatização, eram eles: débil, imbecil, cretino e idiota. Ainda hoje vemos estes termos empregados aleatoriamente única e exclusivamente com o objetivo de diminuir alguém. Não são mais utilizados pela psicologia, exatamente por este motivo. O termo passou por déficit mental e agora a definição mais moderna é:
    Déficit Intelectual- Parada do desenvolvimento ou desenvolvimento incompleto do funcionamento intelectual, caracterizados essencialmente por comprometimento, durante o período de desenvolvimento, das faculdades que determinam o nível global de inteligência, isto é, das funções cognitivas, da linguagem, da motricidade e do comportamento social. O retardo intelectual pode acompanharum outro transtorno mental ou físico, ou ocorrer de modo independente. (CID 10)
    · Se menção do comprometimento mínimo do comportamento; 
    · Outros comprometimentos do comportamento;
    · Comprometimento significativo do comportamento, requerendo vigilância ou tratamento;
     
    Então, poderemos ter ainda associado ao Déficit intelectual problemas comportamentais, isso pode ser diferencial no diagnostico. 

    Novas diretrizes orientam o lugar onde será realizada a educação para o deficiente, o que era anteriormente englobado totalmente pela escola regular com a proposta do governo para a inclusão passa a ser dividido com a escola comum. Nesta organização teórica, a sugestão é que os mais comprometidos fiquem na escola especial, e aqueles que tenham alguma condição de se desenvolver sejam incluídos no ensino regular da escola comum. Para entender isto, vamos descer numa escala de acordo com a gravidade da lesão:

    Os da escola especial
    ·Profundo - QI abaixo de 20 (em adultos, idade mental abaixo de 3 anos) Devem ocorrer limitações graves quanto aos cuidados pessoais, continência, comunicação.
    ·Grave- Amplitude de QI entre 20 e 34 (em adultos, idade mental de 3 a menos de 6 anos). Provavelmente deve ocorrer a necessidade de assistência contínua.

    Os da escola regular ou comum
    ·Moderado- Amplitude aproximada do QI entre 35 e 49 (em adultos, idade mental de 6 a 9 anos). Provavelmente devem ocorrer atrasos acentuados do desenvolvimento na infância, mas a maioria dos pacientes aprende a desenvolver algum grau de independência quanto aos cuidados pessoais e adquirir comunicação adequada e habilidades acadêmicas. Os adultos necessitarão de assistência em grau variado para viver e trabalhar na comunidade.
    ·Leve - Amplitude aproximada do QI entre 50 e 69 (em adultos, idade mental de 9 a menos de 12 anos). Provavelmente devem ocorrer dificuldades de aprendizado na escola. Muitos adultos serão capazes de trabalhar e de manter relacionamento social satisfatório e de contribuir para a sociedade.
    NESTES CASOS DEFINIMOS: Atraso, fraqueza, debilidade e o seu grau. (CID 10)

    A concepção de deficiência intelectual como fenômeno caracterizado por incompetência generalizada vem sendo a muito desmistificada, fundamenta-se em julgamentos clínicos e é alimentada por séculos de preconceito e isolamento social.
    A deficiência intelectual não é fixa e nem dicotomizada, mas sujeita às exigências sociais e ambientais que existem para uma dada pessoa em vários momentos da vida.
    Em cada indivíduo, as limitações freqüentemente coexistem com as potencialidades.
    Com os apoios personalizados e apropriados durante um determinado tempo, o funcionamento cotidiano da pessoa com deficiência intelectual em geral melhora.
    Isto significa que as pessoas com deficiência intelectual são seres humanos complexos e que provavelmente têm algumas potencialidades e também algumas limitações.
    Uma deficiência é a expressão das limitações no funcionamento individual dentro de um contexto social e representa uma desvantagem substancial para o indivíduo.
    Pode ser caracterizada por problemas marcantes e severos na competência para funcionar (limitações da atividade) e na oportunidade para funcionar (restrições da participação).
    Mas não é só o Retardo intelectual que vemos acometer um indivíduo; outros Transtornos do comportamento e Emocionais que aparecem habitualmente durante a infância ou adolescência podem estar comprometendo a vida escolar de um dado indivíduo. Vejamos uma listinha esclarecedora:
    ·Transtorno do desenvolvimento psicológico;
    ·Transtorno da personalidade e do comportamento do adulto;
    ·Síndromes comportamentais associadas a disfunções fisiológicas e a fatores físicos;
    ·Transtornos do humor (Afetivos)
    ·Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes
    ·Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso e substância psicoativa;
    ·Transtornos mentais e orgânicos, inclusive os sintomáticos.  (CID 10)
    Portanto escolas, muito cuidado antes de rotular seu aprendiz/educando, estes diagnóstico só podem ser afirmado por um médico com especialidade em neurologia ou psiquiatria, e a classificação por graus por testes psicológicos.
    É muito comum presenciarmos também a rotulação do HIPERativo – prefixo que significa muito no caso ativo = muito ativo, e não Imperativo– erro usual grave na linguagem de muitos e que dói aos meus ouvidos quando escuto uma pérola dessas. 
    E como meu objetivo aqui é esclarecer, irei decorrer também sobre este:
       E o Hiperativo?
    Ele está no grupo dos transtornos caracterizados por inicio precoce (habitualmente durante os cinco primeiros anos de vida), falta de perseverança nas atividades que exigem um envolvimento cognitivo e tendência a passar de uma atividade a outrasem concluir nenhuma, associados a uma atividade global desorganizada, incoordenada e excessiva. Os transtornos podem ser acompanhados de outras anomalias. As crianças hipercinéticas são frequentemente imprudentes e impulsivas, sujeitas a acidentes, e incorrem em problemas disciplinares mais por infração não premeditadas de regras, do que desafio deliberado. Suas relações com os adultos são frequentemente marcadas por uma ausência de inibição social com falta de cautela e reservas normais. São impopulares com as outras crianças e podem se tornar isoladas socialmente. Estes transtornos se acompanham frequentemente de um déficit cognitivo e de um retardo específico do desenvolvimento da motricidade e da linguagem. As complicações secundárias incluem comportamento dissocial e perda da auto estima. (CID 10)

    No ambiente escolar também, é comum presenciarmos outro diagnóstico muita vezes usado e classificado de maneira errônea. Lembrando que quem faz este diagnostico é um médico e especialista no assunto, até mesmo um clínico geral pode não ser eficaz neste tipo de diagnostico.
    E as alterações do Comportamento?
    Os transtornos de conduta são caracterizados por padrões persistentes de conduta dissocial, agressiva ou desafiante.  Tal comportamento deve comportar grandes violações das expectativas sociais próprias à idade da criança; deve haver mais do que as travessuras infantis ou a rebeldia do adolescente e se trata de um padrão duradouro de comportamento (seis meses ou mais). Quando as características de um transtorno de conduta são sintomáticas de uma outra afecção psiquiátrica, é este último diagnóstico o que deve ser codificado.
    O diagnóstico se baseia na presença de condutas do seguinte tipo: manifestações excessivas de agressividade de tirania; crueldade com relação a outras pessoas ou animais; destruição dos bens de outrem; condutas incendiárias; roubos; mentiras repetidas; cabular aulas e fugir de casa; crises de birra e de desobediência normalmente freqüentes e graves. A presença de manifestações nítidas de um dos grupos de conduta precedentes é suficiente para o diagnóstico, mas os atos dissocias não o são. (CID 10)

    Tanto o indivíduo hiperativo quanto o que só apresenta um distúrbio ou transtorno comportamental, bem como o déficit de aprendizagem são da escola regular/comum.

    O déficit intelectual como foi definido acima teoricamente irá se subdividir entre as escolas especiais e a regular de ensino comum - que nesse processo de aprender a incluir ainda tem um longo caminho pela frente.
    Alguns acham que já fizeram a inclusão, pois já receberam o deficiente físico (que na verdade só tem uma necessidade educativa especial), está recebendo mesmo com falta de preparo o déficit auditivo e o visual – ou não recebe (e por incrível que pareça é onde se recebe mais recursos matérias gratuitos); e infelizmente meio que a contra gosto e as vezes até a custa de bulling o transtorno mental e o déficit intelectual, ainda não foram bem digeridos, pois não têem o suporte técnico que tem as escolas especias.
                Ia me esquecendo de um detalhe muito importante, a  inclusão pode estar onde menos se espera, as super dotado/altas habilidades por exemplo também necessita dela. Mas pode não ser só ele, presenciei de pertinho uma situação que não desejo pra ninguém, uma criança/aprendiz/educando que não foi enxergada em seu potencial intelectual normal, e não foi incluida devidamente em uma turma por não ser visualizada a sua essência, sua bagagem educacional, seu contexto  cultural.
    É a pessoa com déficit intelectual que não consegue aprender ou é àquela luz no fim do túnel é que não foi enxergada? Será que é mesmo só o aprendiz/educando a fonte do problema?

    “Admito que o deficiente seja vítima do destino, mas nunca vítima da nossa indiferença.” (JHON KENNEDY)

    BIBLIOGRAFIA: MAINARDI, Diogo; Deficientes Discriminados, VEJA, 10 de dezembro de 2003.SPONVILE, André Conte; A Consolação da Filosofia, REVISTA ÉPOCA; 1° de janeiro de 2007. ADREUS, Susan; Livre de Transtornos, Sua Vida/Época! de Novembro de 2006.

    O que as escolas precisam aprender...


    A tarefa de todo educador, não apenas do professor é a de formar seres humanos felizes e equilibrados.(Gabriel Chalita)

    A primeira escola...
    Não podemos aqui negligenciar o papel da família, nossa primeira escola, portanto peça chave para a educação. Vamos conhecer sua atuação:
    • Pais negligentes: são os ausentes, intolerantes, inconstantes. Podem ser ao mesmo tempo distantes e punitivos. Filhos desse tipo de pai têm mais riscos de desenvolver atrasos nos desenvolvimento cognitivo e emocional, baixa auto estima e comportamentos anti-sociais, como dificuldade nas habilidades sociais.
    • Pais autoritários: geralmente mais impositivos e hostis às necessidades dos filhos. Baseiam a educação em regras e coerção e fornecem pouca atenção e afeto. Os filhos costumam ter dificuldades de socialização e podem apresentar maior agressividade, baixa auto estima, ansiedade e depressão.
    • Pais permissivos: extremamente afetivos, mas incapazes de impor os limites essenciais para o desenvolvimento da personalidade da criança. Estas apresentam maiores dificuldades em lidar com frustrações.
    • Pais participativos: fornecem suporte afetivo e também os limites e as regras para o amadurecimento saudável, atitudes de apoio, respeito, encorajamento e normas claras que ajudam a orientar e organizar a personalidade da criança constituem base da educação. Filhos de pais costumam demonstrar maior habilidade social, auto estima e resiliência, características essenciais para o desenvolvimento saudável.
    A opção de ter filhos envolve mais do que a sua geração. O bebê exige anos de dedicação por parte dos adultos até que possa ser um adulto autônomo. O desenvolvimento cognitivo infantil é tarefa compartilhada entre duas grandes instituições da nossa sociedade: família e escola.
    Portanto, estamos falando de duas instituições responsáveis pela educação: em primeiro lugar a família e em seguida a escola. Há efeitos positivos relacionados ao envolvimento parental na vida acadêmica das crianças. Quanto à escola, ela deve cumprir o seu papel e ela sabe qual é: 
    O “obvio: em latim, obviam significa ‘seguir pelo caminho conhecido’. Os inovadores são osque descobrem caminhos novos. Embora a inovação seja essencial para as empresas*modernas, também é verdade que há caminhos que continuam sendo a distância maiscurta até o objetivo. A sabedoria está em não mudar o que não precisa ser mudado”(Max Gehringer). *Aqui no nosso caso a escola.

    “A sabedoria surge no coração; até os analfabetos podem ser sábios, pois ela pode ser adquirida por meio de meditação e reflexão sobre as verdades a vida”.

    Diante de um novo aluno que traga consigo uma nova exigência, ela - a escola não deve e não precisa entrar em pânico. O que ela tem a fazer é arregaçar as mangas e trabalhar, se desdobrar para vencer este novo desafio, cheio de experiências a proporcionar. André Comte-Sponville nos diz que: "O sábio é um homem de ação!”
    Se a escola é a detentora do saber, deve usá-lo. Feito isto, a escola saberá como agir com cada novo desafio que aparecer. Ensinar, nos dias de hoje requer olhos de lince e vôo de águia. Isto sim é sabedoria!
    Há um histórico na formação educacional voltado para a turma, e principalmente o estado reforça esta postura exigindo turmas cheias, com foco no ensino ministrado a muitos em um só tempo, isto é: plural. Mas o que precisa ser feito, enxergado é o sujeito em sua individualidade = singular. Sair da formação coletiva...e caminhar para a educação de indivíduos, únicos, diferentes, especiais por suas particularidades.
    Acessibilidade
    Então, o que faz a escola inclusiva?
    Toma algumas medidas simples e econômicas como, por exemplo: adaptar recintos da escola; técnicas didáticas e atividades de aprendizagem; revisar a política de contratação especial, adotar esquemas de apoio para professores de ensino regular e alunos que apresentem necessidades especiais, decorrentes ou não da deficiência; capacitar seu quadro de pessoal a respeito das abordagens inclusivas nas escolas.
    Tecnologia Assistivas
    Nesse momento  um Terapeuta Ocupacional pode auxiliar realizando: Adequação do ambiente /acessibilidade(*); fazendo Adequação postural em cadeira escolar e de rodas; indicando e orientado Tecnologias assitivas(*) e adaptações se necessárias; e orientado sobre as mais diversas habilidades. E também através de observações realizar outras orientações. *Nas próximas postagens estarei falando no assunto.

    Na escola inclusiva...
    A educação deve se processar naturalmente respeitando a idade cronológica, com regras e limites que servem a qualquer indivíduo; Estimular a inteligência não significa controlar os passos da criança ou fazê-la praticar uma série de exercícios metabolicamente programados. Implica isto sim, preparar o caminho para o desenvolvimento e a realização plena de cada indivíduo.

    Na escola inclusiva...
    Libras
    O educador é quem repete: A atividade de formas e maneiras variadas até o automatismo do aprendizado. O desenvolvimento da aprendizagem deve partir do que o aprendiz/educando domina para o currículo desejável, as atividades devem se repetir e variar até o domínio do conteúdo, privilegiando a utilização de material concreto.
    Não se pode perder de vista o conceito de reversibilidade:
    • Reversibilidade: a capacidade de representação de uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada. Apesar de não se limitar mais a uma representação de forma imediata, depende do mundo concreto para abstrair.
    • Reversível: que se pode, ou que pode reverter – voltar ao ponto de partida; quese pode usar pelo avesso e pelo direito: Reversibilidade.
    É isto se adquire colocando o aprendiz/educando diante de experiências ricas vivenciadas por ele.

    Braille
    A escola inclusiva...
    Faz Adaptações.Adaptação: ato ou efeito de adaptar (-se); Adaptar: tornar apto; adequar; Aquilo que se adaptou; 
    Ex: vivenciar o aprendizado prático; material concreto: dinheiro de mentira, dobradura, tangran, rótulos/embalagens;Jogos: baralho, xadrez. Utiliza o braille, a libras, linguas de sinais, etc...



    A escola inclusiva:
    Esporte adaptado
    1. Valoriza disciplinas como Artes, Educação Física, etc;
    2. Desaperta para temas como Educação ambiental, cultura popular, nutrição, história urbana, direito do consumidor, administrando a casa; 
    3. Resgata disciplinas como filosofia e oratória;
    4. Motivadora da prática deesportes;
    5. É flexível em relação ao tempo espaço;
    6. Oferece educação em Tempo integral;
    7. Se organiza em oficinas do tipo:
    Oportunidade p/ funcionar
    Oficinas terapêuticas
    Oficinas protegidas
    Oficinas de artes: (teatro, pintura, dança, música, coral, artesanato, etc);
    Oficinas pedagógicas: (contação de histórias, jogos, psicomotricidade; etc);
    Oficinas profissionalizantes: (informática, culinária, sorveteria, futebol, salão de beleza, reciclagem de papel).
    Oficina de trabalho: (Monitoria, Cooperativas Sociais/ por exemplo reaproveitamento do lixo)

    Neste caso por exemplo, o Terapeuta Ocupacional orienta oficinas sobre: Habilidades motoras e de processo; Habilidades Básicas e de gestão (AVD, AIVD); Habilidades específicas (manuais, etc.).

    É muito comum no caso de uma inclusão, a pergunta se o aprendiz/educando pode ser contrariado ou se devem fazer as vontades dele, por causa da “doença”? E esta é uma dúvida que não procede, até porque não estamos falando de doenças, mas de déficits, dificuldades, limitações. E a resposta é: não se pode perder o foco sobre a construção da cidadania. Não é aconselhável o tratamento diferenciado em relação ao restante da turma, pois é um cidadão de direitos, mas também de deveres. 
     
     “Lembrai-vos que a finalidade da educação é formar seres aptos para governar a si mesmos e não para ser governado pelos outros”.
    (Hebert Spencer)

    A perspectiva de construir uma escola para todos é fruto do exercício diário de ações de pessoas que reconhecem o valor do outro, que aprenderam a cooperar e a ser solidários e acima de tudo, que aprenderam a valorizar as diferenças.


      BIBLIOGRAFIA:
            ANGOLINA, Daniela Cunha; O que é plasticidade Cerebral, Fonoaudióloga, Artigo de pós graduação.
    CHALITA, Gabriel; Educação: a solução está no afeto, São Paulo: Editora  Gente, 20011ª edição, edição revista e atualizada.
    CRESPO, Ana Maria Morales; Pessoas com deficiência a construção da cidadania, (jornalista e presidente do conselho de vida independente Araci Nalin), Federação das APAE’s do estado de Minas Gerais, semana do excepcional 2001.
    DELY, Paula; A violencia no cotidiano Familiar; portal positivo.
    SASSAKI, Romeu Kazumi; Construindo a sociedade para todos, Rio de Janeiro WVA, 1997.
    SPONVILE, André Conte; A Consolação da Filosofia, REVISTA ÉPOCA; 1° de janeiro de 2007.

    Quem educa o educador?

    Emoção: vem do francês émotion, e a origem da palavra que dizer movimento.
    Em outras palavras, o sentimento das pessoas pode movimentar as coisas, especialmente aquelas que estão estagnadas, paralisadas. Por que:

    “Quem não se envolve não se des-envolve”. (Jose Ângelo Gaiarça)

    O professor que se busca construir é aquele que consiga, de verdade, ser um educador, que conheça o universo do educando, que tenha bom senso, que permita e proporcione o desenvolvimento da autonomia de seus educandos. Que tenha entusiasmo, paixão; que vibre com as conquistas de cada um de seus educandos, que não discrimine ninguém nem se mostre mais próximo de alguns, deixandoos outros a deriva. Que seja politicamente participativo, que suas opiniões possam ter sentido para os educandos, sabendo sempre queum líder que tem nas mãos a responsabilidade de conduzir um processo de crescimento humano, de formação de cidadãos, de fomento de novos líderes. Ninguém se torna um professor perfeito, que nada mais tem a aprender,e portanto este acaba se transformando num grande risco para a comunidade educativa. No conhecimento não existe o ponto estático – ou se estáem crescimento, ou em queda. Aquele que se considera perfeito está em queda livre porque é incapaz de reverseus métodos, de ouvir outras idéias, de tentar ser melhor. A grande responsabilidade para a construção de uma educação cristã esta nas mãos do educador.
    O ato de educar não pode ser visto apenas como depositar informações nem transmitir conhecimentos. Há muitas formas de transmissão de conhecimento, mas o ato de educar se dá com afeto, só se completa com amor. (Daniel Chalita)

    A LDB discorre sobre... 
    No tocante a aprendizagem dos educandos, fala em zelo no sentido de acompanhamento dessa aprendizagem, que se dá de forma heterogênea, individual. Zelar é mais do que avaliar, é preocupar-se, comprometer-se, buscar as causas que dificultam o processo de aprendizagem e insistem em outros mecanismos que possa recuperar os educandos que apresentam alguma espécie de bloqueio.

    O educador inclusivo...
    É flexível; ser flexível é ser acessível.Sabe qual a diferença entre uma pessoa teimosa e uma perseverante? A teimosa é sempre igual e insiste em fazer tudo do mesmo jeito. A perseverante tem diferentes comportamentos para o mesmo objetivo.
    O educador só conseguirá fazer com que o educando aprenda se ele próprio continuar a aprender. A aprendizagem do educando é diretamente proporcional á capacidade de aprendizado do educador. Essa mudança de paradigma faz com que o educador não seja o repassador deconhecimento, mas orientador, aquele que trabalha para o desenvolvimento das habilidades de seus educandos.
    Desde a infância o educando recebe estímulos diversos. A escola não pode ser castradora da bagagem que o educando trás consigo. Valorize o cotidiano do seu educando. O papel do novo educador não é mais levar informação até o educando e sim mediar as informações que já estão com ele; transformando as em conhecimento e conseqüente sabedoria. Aprende-se com maior qualidade quando o educador deixa de ser o único detentor do saber.

    O educador inclusivo...
    Pesquisa, adápta-se, não teme o novo, viver com a diversidade do individuo dentro ou fora da sala de aula, fazendo das inúmeras informações que o educando leva até o educador em arte de ensinar, e, sobretudo, deixa claro para o educando que a informação, apenas não sustenta a formaçãopara ser um bom profissional e para ser um indivíduo feliz.

    O educador inclusivo...
    É mediador !
    Faz aliança entre teoria e prática;
    Pede ajuda aos outros educandos;
    Dialoga;
    Trabalha com temas transversais (as disciplinas conversam entre si);
    Oferece atividades desafiadoras; carregadas de significado e sentido para os educandos;
    O educador mediador vai além do domínio dos seus saberes específicos, ele é capaz de compreender a diversidade, a leitura de mundo de seus educandos e ainda de respeitar o tempo de cada um tem para processar novos conteúdos. A aprendizagem é feita, por ambos reconstruindo, redescobrindo a cada momento o conhecimento
    Vejam como é a relação:
    Educador X educando
    Dependência: não conseguir dar um passo diferente por causa de algo ou alguém.
    Independência: liberdade, autonomia, demais pode gerar arrogância, insensibilidade e por incrível que pareça, distanciamento social.
    Interdependência: são duas ou mais pessoas ligadas entre si e que se auxiliam mutuamente com o mesmo objetivo.

    O educador inclusivo ...
    Não se detém nas dificuldades! Enxerga a dEficiência. Valoriza o que é positivo. Dá ênfase a: HABILIDADES: Qualidade de hábil; Notável desempenho e elevada potencialidade intelectual; Aptidão específica, Capacidade de liderança, Talento especial para artes e etc; Hábil: que tem aptidão para algo: Esperto; Sagaz.
    de p/ algo: Esperto; Sagaz.
    Com dados em observação, vejo que o educador tem grande dificuldade em mensurar o que o aluno sabe. Produto final? Conceito? Participação? Auto avaliação? Descritivo? PDI?
    A resposta é um processo de avaliação que respeite e acompanhe o ritmo de aprendizagem de cada educando.
    Suas avaliações são instrumentos qualitativos por excelência, visto que a nota de seus trabalhos é somatório de todo um processo de aprendizagem dos educandos, no sentido mais amplo da função cognitiva e afetiva de suas relações.
    E aí ele tem recursos subjetivos como o PDI que é a descrição pormenorizada sobre o seu aprendiz/educando, “àquele” que ele conhece bem!? 
    Segundo a Secretaria do Estado de Educacao de Minas Gerais o PDI engloba:
    • Habilidades cognitivas e metacognitivas: É importante que o educador busque compreender porque o educando fracassa nas aprendizagens que exigem, predominantemente, essas habilidades; e refletir sobre que intervenção pedagógica tem desenvolvido para ajudar nas dificuldades apresentadas pelo educando.
    • Habilidades motoras e psicomotoras: Quando o educador observar que o educando apresenta problemas motores ou psicomotores é importante ele verificar se esse educando faz algum acompanhamento específico, bem como refletir se a intervenção pedagógica tem contribuído para auxiliar o educando em suas dificuldades.
    • Habilidades interpessoais e afetivas: O educador deve verificar se o educando faz algum acompanhamento nessa área e se sua prática dentro de sala de aula tem contemplado essas habilidades.
    • Habilidades comunicacionais: Quando o educando apresenta problemas na comunicação, o educador deve verificar se ele faz algum acompanhamento específico e se as atividades em classe têm propiciado o desenvolvimento dessas habilidades.
    Segundo Daniel Chalita, existem habilidades essenciais a formação do ser humano/aprendiz/educando, e com elas concluímos nossa reflexão:
    • Cognitivas: é a habilidade de absorver o conhecimento e de trabalha-lo de forma eficiente e significativa.  Aptidão para aprender a aprender.
    • Social: é a habilidade para enfrentar desafios sem se machucar e machucando o mínimo possível, estar preparado para conviver socialmente, para competir com dignidade, para abandonar o barco se necessário for,por sentir que há outros mares mais interessantes para ser navegados. A habilidade social é a preparação para a convivência em uma sociedade plural.
    • Emocional: não é possível desenvolver a habilidade cognitiva e a social sem que a emoção seja trabalhada. A emoção trabalha com a liberação da pessoa humana. A emoção é a busca do foco interior e exterior, de uma relação do ser humano com ele mesmo e com o outro, o que dá trabalho, demanda tempo e esforço para a conquista da autonomia e felicidade.
    Outra pessoa que tem uma sensibilidade incrível é uma Terapeuta Ocupacional que conheço a pouco tempo, mas que fala de um jeito muito lindo o recado que aquí eu quiz passar, ela escreve assim em seu blog:
    "Tive a sorte de ter bons professores ao longo da minha vida. Em todas as etapas eu tive quem me estimulasse a ser curiosa, me motivasse a aprender, a participar, a desenvolver minhas habilidades. Graças ao investimento, ao interesse e a observação desses professores eu pude, por exemplo, mudar de série no meio do ano letivo, sem dificuldades para acompanhar minha turma nova, teoricamente um ano na minha frente." ... 
    ...Mas como todo mundo eu tenho aquela professora que fez A diferença. ...
    ... Diferente de todos os outros ao longo da minha vida, essas me ensinaram a me conhecer. E me conhecendo, fiz as pazes comigo, me aceitei, me tornei uma pessoa melhor e sem dúvidas uma profissional mais consciente das minhas qualidades e limitações."...
    Obrigada Érima, por esta bela contribuição!!! 

    "As vezes o que você precisa é mais do que só falar".
    BIBLIOGRAFIA:
    CHALITA, Gabriel; Educação: a solução está no afeto, São Paulo: Editora  Gente, 20011ª edição., edição revista e atualizada.
    MANTOAN; Maria Tereza Eglér; Pedagoga, Mestre e Doutora em Educação de Pessoas com deficiência intelectual.
    OLIVER, Fátima Corrêa, et al; Reabilitação Baseada na Comunidade (RBC) – Projeto Jardim D’abril Federação das APAE’s do estado de Minas Gerais, semana do excepcional 2001.
    ANDRADE, ÉRIMA,http://erimadeandrade.blogspot.com/2011/10/criancas-professores-alimentacao.html#comment-form